O prefeito eleito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSB), mostrou estar despreocupado com a agenda lotada que Daniel Nepomuceno terá em 2017 acumulando os cargos de presidente do Atlético e secretário de Desenvolvimento da prefeitura da capital mineira.
Nesta sexta-feira, em entrevista ao canal ESPN, Kalil foi indagado se o seu sucessor no comando do Atlético atuará com eficiência nessas duas funções e adotou discurso “prático”..
“Isso foi perguntado a ele, né? Mandarem embora do Atlético não pode, porque (ele) está eleito. Está na prefeitura e se não der conta do serviço que foi encarregado, que foi dado a ele, ele sai. É simples assim”, respondeu.
O novo prefeito de Belo Horizonte explicou que o Atlético continuará ocupando mais tempo no dia a dia de Nepomuceno. Na prefeitura, o trabalho de secretário seria mais “mental” e menos presencial.
“Acho que a estrutura (na prefeitura) é grande, apesar de eu ter encolhido tudo na prefeitura, tá tudo muito pequeno, mas é uma estrutura mais mental. Secretário é um cara que pensa, que elabora, ele não trabalha e não opera no dia a dia como o presidente do clube tem que operar”, justificou.
No começo de dezembro, Nepomuceno explicou por que decidiu aceitar o convite de Kalil na prefeitura tendo já grande responsabilidade no Atlético. “Sou uma pessoa que trabalhou a vida inteira com o poder público, não posso assumir uma secretaria e deixar o Atlético aquém de qualquer tipo de trabalho. Vamos conversar, vamos tentar fazer as funções, porque também tenho contas para pagar como vocês (jornalistas). Eu preciso voltar e fazer o meu papel público que sempre fiz”.
Natural de Belo Horizonte, Nepomuceno é bacharel em Direito pelo Centro Universitário Newton Paiva e graduado em Ciências Políticas pela Universidade de Barcelona (Espanha). Assumiu a presidência do Atlético em dezembro de 2014, com mandato até 2017.