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Nepomuceno comenta troca de fornecedora no Galo, critica Dryworld e exalta esforço da Topper

Presidente do Atlético explica opção pela Topper, projeta boa parceria pelos próximos quatro anos e reforça que clube tomará medidas legais contra empresa canadense

postado em 18/12/2016 18:42 / atualizado em 19/12/2016 15:32

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press

O presidente Daniel Nepomuceno comentou a troca de fornecedora de material esportivo do Atlético a partir de 2017. O clube assinou contrato válido por quatro anos com a Topper e encerrou vínculo com a Dryworld, que teve vários problemas de distribuição para time e comércio, além de atraso no repasse de verbas durante a temporada. Em entrevista ao programa Bola Premiada, da Rádio Itatiaia, o dirigente explicou as dificuldades na negociação e criticou a empresa canadense pelas falhas que levaram à rescisão contratual. Sem mencionar valores, ele exaltou o empenho da nova parceira para retornar ao clube alvinegro - vestiu o Galo entre 2010 e 2012.  

"Temos de agradecer à Topper, que teve paciência nessa questão contratual difícil, que envolve milhões e uma empresa canadense. Nos deu muito trabalho. O pouco que concluiu do contrato (com a Dryworld) foi mais do que já tivemos no passado. Isso desfoca um pouco, porque você faz o planejamento de cinco anos. Assim como você vai contratar um jogador, precisa ter um reconhecimento da outra parte. E a Topper se mostrou mais interessada em voltar ao Atlético e colocar o Atlético como o principal time deles. Eles vão colocar um valor altíssimo dentro do faturamento deles. E é isso que faz o futebol e as parcerias darem certo. Quando algo dá errado, é importante ter alguém ali reconhecendo o clube e a importância”, declarou.

Atlético e Dryworld assinaram, em janeiro, um contrato de cinco anos, no valor de R$ 16 milhões. A quantia foi considerada a maior da história do clube e uma das principais do Brasil, mas virou fiasco. Por causa da dificuldade da empresa de honrar os compromissos, o Galo rompeu o vínculo com os canadenses e anunciou a Topper como nova fornecedora, na semana passada.

Daniel Nepomuceno revelou que negociou com outras marcas, mas a Topper se mostrou mais interessada ao projeto. O presidente atleticano ainda ressaltou as mudanças nas lojas do clube depois dos problemas sofridos com a Dryworld.

“Tivemos uma mudança contratual, de todas as lojas serem administradas por uma gestão junta ao clube, além de não ter contrato vinculado com fabricante, mas, sim, com a marca. Isso nos dá uma garantia maior. A Topper sabe que vai ganhar ao voltar a um clube como o Atlético. Em um momento difícil, conversei com todas as marcas, mas a Topper estava se doando mais. A Topper passou dos limites, porque queria voltar ao Atlético, mesmo sabendo que o contrato era complexo. Estávamos negociando isso há quatro meses. E o torcedor pode esperar que o material será de altíssima qualidade, com toda atenção às nossas franquias. Tenho certeza que, em março, no lançamento, será recorde de vendas novamente”, comentou.

Nepomuceno ainda explicou o motivo de o clube não ter acertado com gigantescas empresas do ramo, como Nike e Adidas.  

“É uma questão extremamente comercial. O Atlético mostra um balanço favorável, e é um clube que virou de patamar nos últimos anos. Você tem de ter um parceiro que apresenta os números que o Atlético realmente representa. Um parceiro que realmente quer investir, trabalhar com o clube, que quer criar sua identidade. Não estamos aqui para valorizar marca. Quando você entra numa negociação, você tem que pensar na saúde financeira do clube. Qual tipo de parceiro está mais empenhado? A diretoria da Topper sempre quis provar que é uma parceria de sucesso”.

Daniel Nepomuceno reforçou que o Atlético tomará as medidas legais para amenizar prejuízo causado pela Dryworld. O caso, no entanto, será resolvido fora do país.

“É caso de justiça. Um contrato de cinco anos, de quase 60 milhões. Desde o primeiro momento, os próprios executivos da Dryworld, que tiveram essa relação profissional apesar das falhas, sabem muito bem que, assim como o Atlético tem que honrar todos os compromissos que foram assinados, uma empresa dessa também tem que reconhecer o prejuízo que foi dado ao clube. Não é só uma questão econômica, é uma questão de investimento e reconhecimento. A torcida sabe o que era a Dryworld antes e o que é agora depois do Atlético. E isso tem um preço caro que precisa ser pago. A discussão será fora do Brasil. No Canadá. O contrato previa isso. Acho que todo empenho é o mínimo por aquilo que foi prometido”, concluiu.

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