Ele era apenas um adolescente de 14 anos, mas teve o privilégio de participar ativamente do dia a dia do time que viria a ser campeão brasileiro em 1971. Quase sempre estava nos treinos. Chegava com o pai e logo se posicionava atrás de um dos gols. Se orgulhava em ser o gandula, principalmente por que o Galo passou a ser seu time, desde que Telê Santana assumiu o comando da equipe no ano anterior. Renê Santana, hoje com 60 anos, se orgulha de ter vivido a primeira grande conquista do Atlético e de ter sido testemunha ocular do jogo histórico do Maracanã.
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Naquele 19 de dezembro, ele estava no Maracanã. Não como gandula ou num espaço reservado a dirigentes. Ele foi para a arquibancada, ficar no meio da massa. Cerca de 10 mil pessoas viajaram de ônibus de BH para o Rio. Mas, pelo que conta Renê, a torcida era maior, bem maior até mesmo que a do adversário. “Havia muitos flamenguistas, tricolores, vascaínos. Todos torciam para o Atlético, pois eram contra o Botafogo”, lembra.
Do alto da arquibancada, viu o show atleticano. Assistiu Humberto Ramos correr pela esquerda e cruzar para Dario subir alto, talvez parar no ar, como ele mesmo costuma dizer, e cabecear para o gol, estufando as redes. O Galo era, enfim, campeão. E Renê vibrou como nunca. Descobrira, ali, que era um atleticano fanático. (ID)