O árbitro Amando Marques apita o fim do jogoDelírio dentro de campo e na arquibancadaTelê Santana sai do túnel rumo ao campoOs jogadores correm em sua direçãoA eles se juntam o vice-presidente Fábio FonsecaNo gramado do Maracanã, um corre-corre de um lado para o outroVeio a volta olímpica, mas os protagonistas do título se recordam pouco da festa no estádioAs lembranças mais consistentes são principalmente da chegada a Belo Horizonte.
“Lembro que festejamos no vestiárioEstouramos champanhePara mim, era o sonho realizado”, conta RonaldoDali, os jogadores foram de ônibus diretamente para o Aeroporto Santos Dumont, onde embarcaram para a Pampulha.
“Tinha gente demais nesse voo
No desembarque, todos seguiram para um caminhão do Corpo de Bombeiros, que saiu do aeroporto e seguiu pela Avenida Antônio Carlos“Foi a consagração maiorO partir dali sentimos que estávamos em casaEstávamos novamente com nossa torcidaEla era a razão de tudo”, diz Mussula.
“Rumamos para a Praça Sete, mas já no IAPI, na Lagoinha, um mundaréu de gente, era inacreditável”, rememora Dario.
Alguns fatos marcariam os jogadores para sempre“Quando o caminhão entrou na Afonso Pena, parecia que Belo Horizonte estava inteira aliE na Praça Sete, ainda mais genteGritavam “Galo, Galo...”, cantavam o hino e chamavam os jogadores pelo nomeAinda hoje sinto aquela emoção”, conta Beto
Humberto Ramos não se esquece especialmente de um atleticano entre os tantos nas ruas“Lembro que quando a gente entrou, um torcedor subiu no caminhão e me pediu que lhe desse uma lembrançaDisse que podia ser qualquer coisaNão tinha nadaLembrei-me do meu cintoTirei e dei a eleAí, quando chegamos à sede de Lourdes, os torcedores nos tiraram do caminhão e nos carregaramQuando dei por mim, estava sendo carregado nos ombros de um torcedorFoi aí que vi que era o mesmo cara pra quem tinha dado o cintoNunca vi loucura igual.”