Rotulado por muitos como o melhor elenco do futebol brasileiro, o Atlético investiu alto na temporada, contratando estrelas como Fred e Robinho, que se juntaram a outros jogadores de peso. Mesmo com uma das maiores folhas de pagamento do futebol brasileiro, o Galo não conseguiu levantar uma taça sequer.

A expectativa do torcedor era alta, mas o ano acaba de forma melancólica. O Galo empatou com Grêmio (1 a 1) nesta quarta-feira, na finalíssima da Copa do Brasil, e deixou escapar a chance do bi. Assim, o time alvinegro encerrou ciclo de quatro anos consecutivos com ao menos um título por temporada.

Em 2012, o Atlético venceu o Campeonato Mineiro. No ano seguinte, levou o Estadual e a Copa Libertadores. Em 2014, o Galo levantou a Copa do Brasil e a Recopa Sul-Americana. Por fim, em 2015, o time conquistou o Estadual.

Não há como negar que a campanha na Copa do Brasil não convenceu ninguém, apesar de o time alvinegro ter chegado à decisão. O Galo teve dificuldade em todas as fases. Nas oitavas de final, dois empates contra a Ponte Preta, garantindo a vaga com o gol qualificado fora de casa. Na fase seguinte, eliminou o Juventude nos pênaltis. E, por fim, classificação suada na semifinal contra os reservas do Internacional, antes da derrota para o Grêmio.

No geral, o Atlético viveu um ano de altos e baixos, fazendo da irregularidade sua marca. Logo no primeiro semestre, caiu na final do Campeonato Mineiro, foi eliminado na primeira fase da Primeira Liga e perdeu para o São Paulo nas quartas de final da Copa Libertadores. Pressionado, o uruguaio Diego Aguirre pediu para deixar o comando técnico do clube.

Marcelo Oliveira assumiu e deu fôlego ao time, que passou a brigar na parte de cima da tabela no Brasileiro. Mas, em poucos momentos, o Galo foi verdadeiramente organizado em campo. Vale destacar que o time chegou a sofrer muito com contusões. O elenco, então tão elogiado, foi criticado pela falta de peças defensivas.

Sem chances de vencer o Brasileiro e depois de perder a primeira partida da final da Copa do Brasil (3 a 1), o Galo demitiu Marcelo Oliveira.  Coube ao técnico do júnior Diogo Giacomini a responsabilidade de tentar uma virada histórica, que não ocorreu.

Plano esteve longe da realidade

Logo após a saída de Levir Culpi, em novembro de 2015, o presidente Daniel Nepomuceno disse que contrataria um treinador para encerrar o mandato dele, que termina no fim de 2018.

“O Levir cumpriu o contrato dele muito bem, o que pesou foi a renovação de ter um novo técnico para ficar os próximos dois anos comigo”, disse, em coletiva no dia 26 de novembro do ano passado.

Depois dessa declaração de Nepomuceno, o Atlético teve três técnicos em 2016: Diego Aguirre, Marcelo Oliveira e Diogo Giacomini. O próximo comandante será Roger Machado, acertado com o clube para o ano que vem.