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Carioca mostra indiferença quanto à saída de Marcelo do Galo e critica desorganização do time

Volante diz que equipe só teve organização sob o comando de Diego Aguirre

Rodrigo Fonseca
Volante Rafael Carioca não lamentou nem aprovou a troca de comando do time atleticano - Foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press
Rafael Carioca não poupou palavras ao comentar a saída de Marcelo Oliveira do AtléticoIndiferença, desorganização, desequilíbrio foram expressões usadas pelo volanteO treinador foi demitido do clube na quinta-feira, um dia depois da dura derrota por 3 a 1 para o Grêmio, no Mineirão, pela partida de ida da final da Copa do Brasil.

Em entrevista coletiva, o meio-campista não lamentou nem aprovou a troca de comandoMostrou indiferença, elogiando a escolha de Diogo Giacomini, treinador do time júnior, para comandar o Galo nos três jogos restantes do ano.

“O Diogo tem muita qualidade, já trabalhei ano passado com eleA saída do Marcelo é indiferenteA gente sabe da importância desses três jogosO presidente pediu para termos forçaO tapa que tomamos na quarta doeu e dói até agoraPerdemos jogando mal”, disse.

Carioca foi questionado sobre a sua queda de produção na equipePara ele, a desorganização do time refletiu no rendimento individual: de convocado para a Seleção Brasileira a reserva com Marcelo Oliveira.

“Alguém pensou, né..É difícil vir aqui falar dessas coisas
Mas quando pegamos um time desorganizado, a gente corre e nada será feito de qualidadeQuando tem um time organizado, ninguém cansa muito, você corta caminhoNão pude fazer o que fiz o ano passado porque a equipe não encaixouQuando se tem um time organizado, todos se sobressaem.”

Enaltecido por peças ofensivas de qualidade e pelos números de gols marcados, o Galo também foi alvo de críticas pelo excesso de gols sofridosO desequilíbrio da equipe, de acordo com Rafael Carioca, só não existiu este ano sob o comando de Diego Aguirre, treinador uruguaio que deixou o Atlético depois da eliminação na Copa Libertadores, para o São Paulo.

“Uma equipe que faz muitos gols e sofre muitos é desequilibradaFoi o ano todo assim, a não ser quando o Aguirre estava aqui, pois a gente tinha uma compactação maiorO Marcelo, infelizmente, não conseguiu detectar o que estava acontecendoQuem deveria detectar era eleEle era o treinadorO Diogo tem competência e mostrou o ano passado
Mesmo perdendo, jogamos contra o Grêmio e vencemos a ChapecoenseÉ ter força de vontadeMomento difícil e ninguém gosta de viver, mas é normal no futebol.”

Agora, com a saída de Marcelo Oliveira, Carioca sabe que a responsabilidade sobre o que vai acontecer nas duas rodadas finais do Campeonato Brasileiro (São Paulo e Chapecoense) e na finalíssima da Copa do Brasil será toda dos atletas e da diretoria.

“Principalmente para nós jogadores, pois foi montado um elenco para buscar título e terminar sem nada é difícilComeçando agora contra o São Paulo, é ter a consciência que é preciso melhorNa quarta-feira, vamos entrar com sangue nos olhosNinguém é imbatível, mas tem de perder com dignidadeVamos tirar um pouco de força a maisNesses três jogos temos de dar a vida e mostrar tudo o que não fizemos durante o ano.”