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"Papo-reto", telefone que não para e nada de atrito: bastidores da queda de Marcelo no Galo

Presidente do clube, Daniel Nepomuceno deu detalhes da demissão do treinador

postado em 25/11/2016 06:30 / atualizado em 24/11/2016 20:58

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
Mineirão. Madrugada de quinta-feira. Enquanto os torcedores do Atlético deixavam o estádio cabisbaixos após a dolorosa derrota por 3 a 1 para o Grêmio na ida da final da Copa do Brasil, uma reunião decidiria o futuro do comando alvinegro. Cara a cara, o presidente do clube mineiro, Daniel Nepomuceno, comunicava a Marcelo Oliveira que trocaria o treinador para a reta final da temporada.

“Primeiro, logo após o jogo, foi decidido que ele não seria o treinador ano que vem. Sou muito sincero e direto. Evidente que vai ter um questionamento sobre a permanência e um planejamento a longo prazo. Eu disse para ele: ‘Eu não quero que você fique sabendo por imprensa ou algum empresário que tenha me ligado’”, disse o mandatário.

O anúncio oficial, no entanto, ficaria para a tarde. Antes, numa nova reunião foi realizada na sede do Atlético. Momentos depois, a confirmação tomava conta das redes sociais: Marcelo Oliveira não é mais técnico do Galo.

Nepomuceno foi só elogios aos jogadores do Atlético. Questionado sobre um possível “atrito” entre atletas e Marcelo Oliveira, o presidente logo descartou.

“Não tinha atrito. A gente tem um elenco polido de caráter altíssimo. O que aconteceu foi que os resultados não vieram e o time não se encaixou em campo. Não vou ficar entrando em detalhes do que acontece na equipe. O que acontece é interno. Não acredito que teve atrito. Ocorreram erros”, garantiu.

Minutos após a demissão, o telefone de Daniel Nepomuceno começa a receber chamadas. Empresários e agentes oferecem opções para o comando alvinegro. O presidente, no entanto, garante: não procurou nenhum treinador antes de demitir Marcelo.

“Quem falou ou ficou supondo que fiquei falando com outro treinador está mentindo descaradamente. Vou começar as negociações. Estou focado no São Paulo e no jogo de quarta-feira (contra o Grêmio). Não vou conversar sobre isso agora. Meu telefone não parou de tocar sobre nomes e mais nomes, empresários”, afirma.

Pelo menos por enquanto, nada de nomes de grife para o Atlético. Os cogitados Roger e Abel Braga não seriam contratados para esta temporada. O novo técnico? Diogo Giacomini, comandante da equipe sub-20 do clube. Surpresa até mesmo para o treinador.

“Participei da reunião (entre atletas e treinador). Diogo foi pego de surpresa. Tenho muita liberdade com os jogadores. Até porque esse ano assumi essa função de diretor devido ao afastamento do Maluf. São pessoas maduras, que ganharam vários títulos. Você tem que mexer com a equipe”, afirma.

O fim da temporada se aproxima, e Diogo Giacomini tem a responsabilidade de comandar a equipe. As próximas semanas serão decisivas para o planejamento de 2017. Mas, por enquanto, Nepomuceno não quer revelar o perfil do novo treinador.
“Técnico estrangeiro está descartado. Muito difícil falar de perfil porque não tem muitas opções. Qualquer fala minha sobre perfil, vocês (jornalistas) estão tuitando quem vai ser o treinador do Atlético. Então, não vou falar nada”, completou.

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