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Haja chuveirinho: Atlético tem a bola, mas abusa dos cruzamentos e acerta o gol só duas vezes

Equipe alvinegra perdeu por 3 a 1 para o Grêmio na final da Copa do Brasil

postado em 24/11/2016 07:00 / atualizado em 24/11/2016 02:19

Juarez Rodrigues/EM/D.A Press

Um time técnico, ofensivo e recheado de estrelas. A escalação escolhida por Marcelo Oliveira para a ida da final da Copa do Brasil já previa: o Atlético tentaria impor o ritmo de jogo diante do Grêmio, no Mineirão. Tentaria. A equipe alvinegra até teve a bola, trocou mais passes e finalizou mais vezes que o rival. No entanto, os números do confronto mostram que o excesso de cruzamentos na área e a falta de precisão foram decisivos para o revés por 3 a 1.

A partida começou equilibrada, com o Grêmio ligeiramente superior. Mas era o Atlético que se via obrigado a atacar. Especialmente após sofrer dois gols. Com isso, a equipe alvinegra teve a bola por mais tempo (56%) e trocou mais passes (430 contra 286 do Grêmio).

Mas o falso “tiki-taka” de Marcelo Oliveira não conseguia furar as duas linhas de quatro montadas por Renato Gaúcho. O jeito, então, foi apostar em bolas levantadas na área. O Atlético cruzou impressionantes 34 vezes - 22 delas erradas. O gol até saiu de um lance desse tipo: Robinho cobrou escanteio e Gabriel completou para as redes.

Mas não bastou. Apesar de até ter tido oportunidades de balançar as redes mais vezes, faltou precisão nas finalizações. Foram 15 chutes - apenas dois em direção ao gol defendido por Marcelo Grohe. Estatística ofensiva em que o Grêmio foi muito superior: foram 12 finalizações - oito delas certas.

Grêmio fatal

A forma de jogar do Grêmio estava desenhada antes mesmo do início da final. Sem nenhuma surpresa na escalação, Renato Gaúcho apostou em três volantes para conter o meio de campo criativo do Atlético. E deu certo.

O treinador armou duas linhas de quatro bem compactas, com Douglas e Luan posicionados mais à frente. No momento ofensivo, a equipe aproveitou os espaços deixados no meio pelo Atlético e chegou bem - e com bastante frequência.

Os buracos no sistema de marcação alvinegra originaram o primeiro gol de Pedro Rocha, que recebeu em profundidade. O mesmo Pedro Rocha balançou as redes após bela jogada individual.

Ramon Lisboa/EM/D.A Press


O terceiro gol, que praticamente tirou as esperanças do Atlético na partida, ocorreu num lance pouco usual: o zagueiro Pedro Geromel fez as vezes de ponta direita e cruzou para Everton completar.

As equipes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira (30), às 21h45 (de Brasília), na Arena. Para ser campeão no tempo normal, o Atlético precisa vencer por pelo menos três gols de diferença. Vitória por dois gols de vantagem leva a decisão para os pênaltis.

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