Um time técnico, ofensivo e recheado de estrelasA escalação escolhida por Marcelo Oliveira para a ida da final da Copa do Brasil já previa: o Atlético tentaria impor o ritmo de jogo diante do Grêmio, no MineirãoTentariaA equipe alvinegra até teve a bola, trocou mais passes e finalizou mais vezes que o rivalNo entanto, os números do confronto mostram que o excesso de cruzamentos na área e a falta de precisão foram decisivos para o revés por 3 a 1.
A partida começou equilibrada, com o Grêmio ligeiramente superiorMas era o Atlético que se via obrigado a atacarEspecialmente após sofrer dois golsCom isso, a equipe alvinegra teve a bola por mais tempo (56%) e trocou mais passes (430 contra 286 do Grêmio).
Mas o falso “tiki-taka” de Marcelo Oliveira não conseguia furar as duas linhas de quatro montadas por Renato GaúchoO jeito, então, foi apostar em bolas levantadas na áreaO Atlético cruzou impressionantes 34 vezes - 22 delas erradasO gol até saiu de um lance desse tipo: Robinho cobrou escanteio e Gabriel completou para as redes
Mas não bastouApesar de até ter tido oportunidades de balançar as redes mais vezes, faltou precisão nas finalizaçõesForam 15 chutes - apenas dois em direção ao gol defendido por Marcelo GroheEstatística ofensiva em que o Grêmio foi muito superior: foram 12 finalizações - oito delas certas.
Grêmio fatal
A forma de jogar do Grêmio estava desenhada antes mesmo do início da finalSem nenhuma surpresa na escalação, Renato Gaúcho apostou em três volantes para conter o meio de campo criativo do AtléticoE deu certo.
O treinador armou duas linhas de quatro bem compactas, com Douglas e Luan posicionados mais à frenteNo momento ofensivo, a equipe aproveitou os espaços deixados no meio pelo Atlético e chegou bem - e com bastante frequência.
Os buracos no sistema de marcação alvinegra originaram o primeiro gol de Pedro Rocha, que recebeu em profundidadeO mesmo Pedro Rocha balançou as redes após bela jogada individual.
O terceiro gol, que praticamente tirou as esperanças do Atlético na partida, ocorreu num lance pouco usual: o zagueiro Pedro Geromel fez as vezes de ponta direita e cruzou para Everton completar.
As equipes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira (30), às 21h45 (de Brasília), na ArenaPara ser campeão no tempo normal, o Atlético precisa vencer por pelo menos três gols de diferençaVitória por dois gols de vantagem leva a decisão para os pênaltis.