Não foi a noite do AtléticoOu talvez tenha sido só mais uma noite do AtléticoMais uma noite em que os espaços (sempre eles) fizeram a diferença contra o Galo no MineirãoPoucas vezes se viu uma equipe dar tantas chances ao adversário numa final de campeonatoO Gigante da Pampulha, lotado, viu o Grêmio, um time organizado dentro de campo, aproveitar algumas delas para vencer por 3 a 1 e ficar mais perto do penta da Copa do Brasil.
O que se viu no gramado foi um time que quase não assustou o GrêmioE sem falar apenas de chances, mas de domínio em campoO time atleticano só conseguia trocar passes no seu campo de defesaNo ataque, a defesa gremista prevaleciaQuando o Tricolor tinha a posse de bola, conseguia rodar com muita facilidade, envolvendo a desprotegida defesa alvinegra.
No fim, vaias ao timeVaias ao técnico Marcelo OliveiraO treinador, que tem pouco mais de seis meses no clube, não conseguiu dar padrão de jogo ao elenco alvinegro
As falhas em campo
O primeiro tempo do Atlético foi muito abaixo do que o elenco alvinegro pode renderO que se via era um time espaçado e desorganizado, principalmente no setor defensivoO Grêmio tinha facilidade para jogarEnquanto os tricolores 'mordiam' cada vez que qualquer atleticano tocava na bola, os jogadores alvinegros davam tempo aos adversários para dominar, pensar e trabalhar a jogada.
O lado direito da defesa alvinegra era a 'mina'Carlos César foi superado muitas vezesA bola também passava nas costas dos defensoresNuma delas, o primeiro gol do jogo, de Pedro Rocha, que marcou após receber lançamento atrás da zaga do Atlético e driblar GabrielPoderia ter sido mais, mas Gabriel, duas vezes, e Victor, salvaram o Atlético.
A aposta para bom rendimento do Atlético é o ataqueMas também não funcionou
Veio o segundo tempoCom ele, o mesmo time, mas com uma apatia ainda maiorO 'prêmio' por tanta falta de vontade e interesse veio aos nove minutos, com um golaço de Pedro RochaEle arrancou do meio-campo, deixou três adversários para trás e concluiu na saída de Victor.
Do banco, com a mão no queixo, Marcelo Oliveira assistia a uma das piores atuações do seu Atlético.
A sorte alvinegra parecia mudar com a expulsão de Pedro Rocha, o nome do jogoMas, mesmo assim, a equipe não conseguia criar espaçosSempre que trabalhava a bola, parava no ferrolho gremista.
Na pressão, o Galo diminuiu com gol de GabrielO time seguiu em cimaCriou chancesMas deu espaço ao contra-ataque.
Dar espaçosEssa talvez seja a grande marca do time de Marcelo OliveiraNum contra-ataque mortal, Geromel arrancou pelo lado direito e cruzou para Everton, livre, praticamente decidir a Copa do Brasil: 3 a 1.
Para o Galo, faltou conseguir trocar passes no setor ofensivo para criar jogadas de qualidadeFaltou recomporO adversário se aproveitou e saiu em vantagem na decisãoHá o que o que corrigir a uma semana da decisão em Porto Alegre.