
A defesa é um dos obstáculos na caminhada do Atlético na busca pelo título do Campeonato Brasileiro. Ela já sofreu 34 gols em 24 partidas. É a oitava mais vazada da competição, superada, por exemplo, pela do Figueirense, que luta contra o rebaixamento e levou 30 gols. Em 2016, o Galo tem os piores números defensivos do clube nos cinco últimos Brasileiros, após 24 rodadas.
Nesse mesmo período de jogos, o Atlético sofreu 22 gols em 2015, 26 em 2014, 25 em 2013 e 18 em 2012. Em todo o campeonato de 2012, quando foi vice-campeão, foram 37 gols, três a mais que na atual edição.
Na rodada passada, o Alvinegro perdeu por 4 a 2 para o Fluminense, no Rio de Janeiro, e viu a distância para o líder Palmeiras aumentar para cinco pontos. Os paulistas somam 47, seguidos de Flamengo (46) e Galo (42).
Contra o Fluminense, o poder de marcação decepcionou. Segundo o Footstats, foram 11 desarmes. Responsáveis pelo combate no meio-campo, os volantes Lucas Cândido e Rafael Carioca tiveram apenas dois desarmes, mesmo número do zagueiro Leonardo Silva.
Leonardo Silva evita tirar conclusões da defesa baseadas na atuação contra o Fluminense. “Não podemos tirar pelo jogo de hoje (segunda-feira), um jogo totalmente diferente. Eles fizeram três gols não em vacilo defensivo, mas em gol de falta, outro em contra-ataque. A equipe procurou se postar bem, estava bem no primeiro tempo, fizemos 1 a 0. Com a alteração, mesmo com três volantes, não conseguimos nos encaixar na marcação deles. Temos que corrigir. Mas o sistema defensivo, nos outros jogos, vinha bem.”
Três fases
O rendimento da defesa nas 24 rodadas pode ser dividido em três fases. Nas oito rodadas iniciais do Brasileirão, quando sofreu com seguidos desfalques e ficou sete partidas sem vencer, a equipe levou 15 gols. O único titular frequente do sistema defensivo foi Marcos Rocha.
Encorpado com a volta de lesionados e de atletas que estavam disputando Eliminatórias, o time reagiu e a defesa foi importante para a arrancada até as primeiras colocações. Em 11 rodadas, o Atlético teve a meta superada apenas 10 vezes.
Depois, o clube alternou bons e maus momentos. Nos últimos cinco jogos pelo Brasileiro, os desfalques voltaram a atormentar Marcelo Oliveira e o time sofreu nove gols, sendo os placares mais elásticos para Santos (3 a 0) e Fluminense (4 a 2).