Um dos responsáveis pela chegada de Lucas Gonçalves ao Atlético é o coordenador técnico alvinegro, Carlinhos Neves“Conheço o Carlinhos e o Tico, auxiliar do Marcelo OliveiraEles acompanham e acreditam no meu trabalhoO Carlinhos me fez o conviteEle trabalhou com meu paiAlém da amizade, criou-se um vínculo profissional, falamos muito de futebol”, diz o analista, em entrevista ao Superesportes.
A ordem é estudar, destrinchar jogadores e timesO trabalho, apenas no começo no Atlético, terá três pilares.
“O setor de análise de desempenho do Atlético vive um processo de desenvolvimentoNão é um setor já completoFui convidado para implementar issoEstou aqui há uma semanaPrimeiro, vou fazer um diagnóstico para depois fazermos uma propostaA ideia é trabalhar em três pilares: a análise da própria equipe, a análise do adversário e a captação de jogadoresSão eles que vão sustentar o setor de análise de desempenho”, diz.
Apoio para estratégia de jogo
“É um setor novo no futebol brasileiro
Lucas cita exemplos de como o trabalho pode ser exploradoUma postura tática pode ser baseada também em estudos“Uma estratégica para um jogo específico, a bola parada, por exemploPara um jogador ou um time que tem aproveitamento muito grande em bola parada, certamente vai existir uma estratégica para tentar anular esse pontoO trabalho vai além disso, como o comportamento de uma equipe que joga com uma linha mais alta de marcação, a gente sabe que vai achar espaçosMostramos para o treinadorA decisão, claro, é deleSe entender que pode jogar com bolas mais longas, vai criar um plano para isso.”
Abastecimento até durante os jogos
O trabalho pode avançar nos dias dos jogos, inclusive durante as partidasO abastecimento de dados no intervalo faz parte do projeto“Hoje a gente atende o Marcelo com itens que ele gosta de controlar durante o jogo.Fornecemos esse material no intervaloIsso depende do gosto do treinador, podemos avançarEstrutura para isso teremos, com filmagens e fotosVai depender do treinador trabalhar assim ou nãoO Marcelo controla alguns itens pelos números.”
Marcelo Oliveira é o principal consumidor dos relatórios, mas os jogadores também podem usufruir das informaçõesLucas cita que trabalhos voltados a determinados atletas também podem ser desenvolvidos“Os goleiros gostam de receber, antes dos jogos, compactos de bolas paradas, de cobranças de pênaltis dos adversários e chutes de fora da áreaIsso pode ser feito também para jogadores de linha”, explica.
De olho no mercado
Nos últimos anos, o Atlético não tem medido esforços para fazer grandes investimentos no timeSeja para trazer jogadores consagrados, como Ronaldinho Gaúcho e Robinho, ou promissores como Douglas Santos e Cazares, o Galo terá um banco de dados completo para avaliação de atletasO intuito é encontrar peças que se encaixem no perfil desejado pelo clubeA análise de mercado entra em ação.
“É uma das propostas que temos para o setorCriar um banco de dados de jogadores, principalmente um monitoramento de jogadoresÀs vezes, não é darmos sugestões de contratações, mas, pelo contrário, se o clube busca um jogador, a gente tem todo o material à disposição para avaliarem esse atleta: quantos jogos fez, de que maneira joga, qual a característicaTudo isso para fundamentar uma contratação”, destaca Lucas.