O Atlético não teve uma boa atuação contra o Grêmio. Com a proposta de não deixar a equipe adversária criar chances, o Galo até evitou que os donos da casa criassem oportunidades perigosas no primeiro tempo, mas não conseguiu se impor ofensivamente e só achou o gol do empate já nos minutos finais da partida. Por isso, o ponto conquistado em Porto Alegre é para ser comemorado, como afirmou o técnico Marcelo Oliveira.
“Em função das circunstâncias do jogo, por tudo que se passou, a gente precisa comemorar mesmo. Viemos para tentar vencer a partida, mas, contra um concorrente direto, em circunstâncias ruins, o empate é muito bom, ainda mais da forma que foi”, disse o treinador, que citou as dificuldades que a equipe alvinegra teve em parar o ataque adversário e levar perigo ao goleiro Marcelo Grohe.
“O Grêmio, durante todo o tempo, nos impôs uma condição de dificuldade, tanto para marcá-los quanto na hora de jogar também. A gente não estava conseguindo jogar. O Grêmio teve um volume muito grande, mas não teve chances claras na cara do gol. Foram chutes de fora da área, muitas finalizações e cruzamentos. Valeu pela persistência. Não foi um bom jogo do Atlético, a estratégia inicial não deu certo, porque a gente não conseguia marcar nem jogar. Só no fim, nos últimos 15 minutos, que a gente passou a jogar um pouco mais, teve um pouco mais de espaço. Isso aconteceu em função da tarde que não foi tão inspirada e da ótima equipe do Grêmio, que marcou muito o tempo inteiro, que não nos deixou jogar. Mas foi um grande resultado para quem quer chegar”, completou.
Veja os gols da partida:
Quando a escalação do Atlético foi divulgada, todos se surpreenderam com as ausências de Robinho e Douglas Santos no time titular. O técnico alvinegro explicou que só poupou os dois jogadores para evitar futuras lesões, como aconteceu com o lateral-direito Marcos Rocha na última quarta-feira. Segundo Marcelo Oliveira, não tinha necessidade de poupar os dois jogadores contra a Ponte Preta, pela Copa do Brasil, como reclamaram alguns torcedores.
“Não entendo a lógica. Poupar contra a Ponte Preta? Era o primeiro jogo das oitavas de final da Copa do Brasil, que é uma competição importante. Eles não estavam acusando nenhum desgaste. Quem acusou desgaste era o Marcos Rocha, mas ele jogou e acabamos perdendo ele. Eu poderia colocar o Robinho e o Douglas e correr o risco de perder os jogadores para a frente. Foi necessária a entrada deles, que deram outra conotação para a partida. Ninguém lembraria disso se o time tivesse jogado bem desde o início, sustentado a pressão e buscado o resultado antes”, concluiu.
Curiosamente, Douglas Santos e Robinho saíram do banco de reservas para dar ao Galo mais um ponto no Campeonato Brasileiro. O lateral-esquerdo fez cruzamento rasteiro e encontrou o camisa 7 livre dentro da área para marcar o seu décimo gol na competição.