O técnico Marcelo Oliveira não gostou nada do empate no Mineirão. Para o comandante atleticano, era muito importante ganhar a primeira partida das oitavas de final sem levar gols. Ainda mais da forma que aconteceu, num vacilo da defesa, que saiu e deixou Roger livre para balançar as redes.
“É claro que a gente esperava ganhar em casa. Comentei com o grupo que é uma competição diferente. Era importante ganhar sem levar gols. Levamos um gol por um descuido. Houve uma reação boa. Forçamos muito o jogo. O time da Ponte é muito bem armado, veio para dificultar o trabalho do atlético, principalmente pelas laterais. Criamos chances, principalmente com o Carlos, que teve duas ótimas oportunidades. No segundo tempo voltamos melhor. Estávamos mandando no jogo, empatamos, ai tivemos o problema com o Rafael Carioca, que acabou nos deixando com um a menos. Isso dificultou ainda mais. Os jogadores se entregaram, mesmo com um a menos, apesar de um pouco desorganizado. Falhamos na hora do gol e ele mudou a partida”, disse o treinador atleticano.
Marcelo reconheceu que o Atlético fez uma partida apagada, principalmente no primeiro tempo, quando não incomodou muito a equipe paulista. No entanto, o treinador exaltou a marcação da Macaca, que não deu espaço para os jogadores alvinegros criarem oportunidades de balançar as redes.
“O jogo moroso foi por causa da Ponte Preta, que marcou muito bem, os lados do campo estavam bem marcados e tivemos dificuldades. Não podíamos levar o gol e ele saiu em uma situação de descuido. Quando poderíamos virar o jogo, perdemos o Carioca e acabamos com o resultado negativo”.
O Atlético cresceu na partida com a entrada de Maicosuel, que ficou no banco de reservas e substituiu o venezuelano Otero no intervalo. Dos pés do 'Mago' saiu a jogada para o gol de Robinho. O treinador explicou o motivo da ausência do camisa 70 entre os titulares.
“O exame de CK (que detecta risco de lesões) dele deu muito alto e ele tinha que ser poupado. Só queria o Maicosuel se fosse necessário. E acabou sendo necessário”.
O treinador atleticano, que conquistou uma Copa do Brasil e chegou em outras três decisões nos últimos cinco anos, mostrou confiança na classificação. “Eu ganhei uma final e cheguei à três finais. Em todas elas a gente teve adversidades e teve que superar. O ideal era ganhar em casa sem levar gols. Agora temos que ganhar lá. É possível, pelo time que temos. Será complicado, mas temos condições de buscar a classificação na casa deles. É possível ganhar da Ponte Preta em Campinas”, concluiu.