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ATLÉTICO

Aguirre analisa sofrimento, estreias no Atlético e gritos de burro: "90% da torcida nos apoiou"

Técnico do Galo minimizou vaias e exaltou atitude da torcida alvinegra no duelo

Túlio Kaizer
Aguirre foi chamado de burro no Independência - Foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
A torcida esperava maisNa estreia do Atlético em casa na Copa Libertadores, o time comandado por Diego Aguirre perdeu grandes chances no começo, mas passou por sustos na etapa finalQuem queria voltar para casa comemorando uma goleada se satisfez com 'pouco'A vitória por 1 a 0 sobre o Independiente del Valle não representou o que foi criado pelo time alvinegro no Independência, lotado de torcedores entusiasmados com as estreias de Robinho e Cazares pelo Galo.

O técnico alvinegro fez questão de salientar que não esperava jogo fácil contra os equatorianos, mas acredita que o triunfo foi merecido"Criamos mais chancesTivemos bons momentos e não concretizamos as oportunidades para matar o jogoFicamos um pouco nervosos, porque um gol de diferença pode complicarEu já imaginava o sofrimentoEstou no futebol há muito tempo, com muitas Libertadores jogando e como treinador, não me lembro de jogo fácilIsso não vai acontecer, porque todos os times estão fortes, têm jogadores que jogam por suas seleçõesO futebol equatoriano lidera as Eliminatórias
A Seleção do Equador é a mais forte do continente atualmentePara fazer uma diferença tão grande tem que acontecer algumas situações", disse o treinador.

Aguirre também analisou a estreia de Robinho pelo Atlético"Sobre Robinho, a ideia era que ele entrasse no segundo tempoHavia muita euforia e, às vezes, as coisas não são boasÉ o segundo jogo na Libertadores, segunda vitóriaClaro que temos que melhorarA intenção foi colocá-lo para aproveitar sua qualidade e tentar matar o jogoTemos que continuar trabalhando para melhorarTivemos coisas boas, mas também erros que não podem acontecerPensando num torneio como a Libertadores, você enfrenta os melhores times do continente", completou.

A entrada de Robinho em campo foi um ponto positivo e negativo ao mesmo tempo
Enquanto o 'rei das pedaladas' pisava no gramado, o equatoriano Cazares deixava o jogo no IndependênciaO torcedor reclamou muito da substituição e alguns chegaram a entoar o coro de burroAguirre explicou a mexida e disse que as críticas vieram da minoria.

"Já havia falado com o Cazares, ele já não jogava há mais de três meses um jogo oficialGostei muito dele, teve uma grande atuação, foi espetacularNão aguentava jogar os 90 minutosPedi para ele ir ao máximoA ideia era que ele não jogasse os 90 minutosO importante é que ele mostrou que será muito útil", respondeu, minimizando os protestos de parte da torcida.

"Não ouvi os gritos de burro no jogoNo campo, é o meu trabalhoVamos ver o que acontece pela frenteEstou contente pelo que os jogadores deram, com muito espírito, muita entregaPoderíamos marcar algum outro gol, o jogo acabar 3 a 0 e não estaríamos falando de vaiasEstou tranquilo, com muita confiança nos jogadoresGostei da torcida, como nos recebeu, nos aplaudiuA torcida foi espetacularEstamos juntos com os jogadores, comissão, e a torcida faz parte da família Atlético MineiroNão vamos falar dessa parte da torcida, vamos falar da maioriaNoventa por cento da torcida lotou o estádio, nos apoiou e vai continuar nos apoiando", concluiu.