Atletico-MG

Reação contra o jejum

Atlético, que ainda não venceu no remodelado Maracanã, busca o triunfo diante do Flamengo para se recuperar no Brasileiro e melhorar aproveitamento nas arenas da Copa do Mundo

Roger Dias

Time do Galo ainda não venceu no novo Maracanã, palco da final da última Copa do Mundo



Depois de deixar a vitória escapar contra Cruzeiro e Santos, o Atlético busca a reabilitação diante do Flamengo neste sábado, às 16h30, no Maracanã, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. O Galo ainda não venceu no palco da final da última Copa do Mundo e também tem como desafio melhorar o retrospecto ruim nos estádios que receberam jogos na competição: em 33 partidas, conquistou 10 vitórias, teve nove empates e sofreu 14 derrotas – aproveitamento de 39%.

Das 12 sedes, o time de Levir Culpi só não atuou no Castelão (Fortaleza), na Arena Amazonas (Manaus) e na Arena das Dunas (Natal). Os triunfos, por sua vez, saíram somente no Mineirão, no Mané Garrincha e na Arena Pantanal. No Maracanã, o time já fez seis partidas desde a reinauguração, em junho de 2013, obtendo dois empates e amargando três derrotas.

A última vitória alvinegra no lendário estádio carioca ocorreu há sete anos, sobre o próprio Flamengo, em grande estilo: goleada por 3 a 0, pelo Brasileiro de 2008, com gols de Castilho, Renan Oliveira e Leandro Almeida, diante de mais de 80 mil pagantes. Depois disso, o Galo só esteve perto de vencer uma vez: na Série A do ano passado, quando abriu o placar (gol de Maicosuel), mas levou a virada no segundo tempo, com Leonardo Moura e Eduardo da Silva.

O armador Giovanni Augusto não se intimida de atuar no Maracanã e afirma que o Galo jogará como se estivesse em casa: “O Flamengo está se mobilizando para este jogo e a torcida vai comparecer em grande número, mas estamos acostumados a jogar em grandes estádios, com lotação máxima. Apesar de ser um jogo fora de casa, temos plenas condições de ganhar os três pontos”.

Maicosuel ganhou prestígio com Levir Culpi e será titular novamente esta tarde. O armador já teve boas atuações contra o rubro-negro, a maioria delas quando vestia a camisa do Botafogo. No ano passado, marcou um dos gols da goleada atleticana por 4 a 1, no Mineirão, pela Copa do Brasil. Ele admite não estar rendendo bem em 2015: “Pequei um pouquinho nos jogos, sem render o esperado, mas é preciso ser decisivo e atuar sem medo”.

Além do lateral Marcos Rocha e do atacante Luan, machucados, o Atlético não terá o atacante Carlos, que está gripado e nem viajou ontem para o Rio.

PRESSÃO O Atlético volta a campo depois de 10 dias – a última partida foi o empate por 2 a 2 com o Santos, na quarta-feira passada. Nesse período, Levir intensificou os trabalhos táticos na Cidade do Galo. A receita será a mesma das goleadas sobre os demais times cariocas neste Brasileiro: pressionar a saída de bola ao máximo e explorar os erros do Flamengo. Foi assim que o alvinegro conquistou suas vitórias mais expressivas no campeonato – 4 a 1 sobre o Fluminense, em Brasília, e 3 a 0 sobre o Vasco, no Independência.

Apesar das críticas ao esquema com apenas um volante, Levir mantém a formação. “É a persistência na convicção, senão a coisa não funciona. Temos possibilidade de mudar uma situação ou outra no jogo. A base de oito atletas precisa permanecer. Senão, você não vai ter time”, afirmou.

FICHA TÉCNICA

Flamengo x Atlético

Flamengo
César; Luiz Antônio, Wallace, Samir e Pará; Márcio Araújo, Canteros e Éverton; Gabriel, Eduardo da Silva e Emerson Sheik
Técnico: Cristóvão Borges
Atlético
Victor; Patric, Leonardo Silva, Jemerson e Douglas Santos; Rafael Carioca, Dátolo, Giovanni Augusto e Maicosuel; Thiago Ribeiro e Lucas Pratto
Técnico: Levir Culpi
Estádio: Maracanã
Horário: 16h30
Árbitro: Thiago Duarte Peixoto (SP)
Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva (GO) e Alex Ribeiro (SP)
TV: Globo

CONFRONTOS

Geral (105 jogos)

Flamengo Atlético
43 Vitórias 32
30 Empates 30
159 Gols 146

Em Brasileiros (54 jogos)

21 Vitórias 20
13 Empates 13