Levir Culpi encara lesões com naturalidade e aposta em substitutos para estreia no Chile

Depois da vitória por 2 a 1 sobre o Democrata-GV, neste sábado, no Independência, pelo Campeonato Mineiro, as atenções se voltaram para a estreia na Copa Libertadores. E justamente no último jogo antes do compromisso diante do Colo Colo, quarta-feira que vem, em Santiago, o técnico Levir Culpi perdeu dois atletas por contusão: Marcos Rocha e Lucas Pratto, ambos com lesões musculares na coxa esquerda.

Na entrevista depois da partida, o treinador, questionado sobre as perdas importantes, demonstrou confiança no grupo e evitou lamentar as ausências. “O jogo não foi exatamente o que esperávamos e as contusões foram o momento crítico. Mas aí é que se justifica um grupo com 35 jogadores. Nós temos substitutos e temos que confiar neles, que eles se encaixem no sistema”, enfatizou o comandante, que já adiantou a escalação de Patric na lateral direita e Jô no ataque, contra o Colo Colo.

Apesar das lesões logo no quarto jogo da temporada – o terceiro oficial -, Levir garantiu que não pensa em mexer na equipe nas partidas pelo Mineiro, pensando em poupar para a Libertadores. Ele disse que a comissão técnica trabalha no sentido de verificar se algum atleta está propenso a sofrer alguma contusão. “O planejamento é o mesmo, a gente vai vendo o desenvolvimento dos jogadores. Temos uma comissão técnica muito credenciada para saber quais jogadores correm risco de contusão. Não penso em mudar porque dois se machucaram”, frisou.

O treinador considera que neste início de temporada os jogadores estão sujeitos a lesões pelo esforço depois de um tempo de férias. “No ano passado o número de contusões foi alto, mas já estávamos passando do segundo semestre. No início do semestre é perigoso pelo esforço de 90min que eles ainda não estão acostumados. Mas estamos preparando para o jogo de quarta-feira, já vamos substituir dois jogadores pro força de contusões, mas confio no elenco, faz parte do trabalho. Eles terão oportunidades, penso dessa maneira, e precisam aproveitar”, destacou.

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Pressão e dificuldade

Sobre o fato de o Atlético ter feito dois gols e sofrido certa pressão do Democrata-GV no fim, Levir Culpi disse que a fase de altos e baixos, além da vontade dos adversários em mostrar serviço, justificam a dificuldade. “Tivemos bons momentos e outros ruins, acho isso normal. Passamos pelos três times, todos bem organizados, Tupi, Mamoré e agora o Democrata. Os times têm o desejo de fazer uma boa apresentação e aparecer. Isso dificulta para os nossos jogadores”, avaliou.

Entretanto, ele não deixou de lembrar que o Galo poderia ter ampliado a vantagem antes de sofrer pressão no fim. “Depois dos 2 a 0 eu não esperava (pressão), já que estivemos muito perto de fazer o terceiro. Mas o Democrata tem uma bola aérea muito boa, jogam bem no corpo a corpo e conseguiram alguns lances perigosos. Os três times que jogaram contra nós criaram oportunidades. Tivemos condição de fazer mais gols nos três jogos, mas estou tranquiio. Um resultado de 3 a 0, 4 a 0, trabalha muito com ego dos jogadores. Agora eu reuni o grupo e disse que não éramos os melhores, que teríamos que provar isso”, comentou.