O goleiro Ado destacou-se defendendo a camisa do Corinthians por cinco anos (de 1969 a 1974, em 205 partidas) e foi reserva da Seleção Brasileira na conquista do tricampeonato mundial em 1970, no México. Mas, após brigar com o técnico Sylvio Pirillo, às vésperas da final do Paulista contra o Palmeiras, não jogou mais pelo Timão e passou a perambular pelo futebol brasileiro. Sua passagem pelo Atlético em 1975 foi breve e não deixou saudades.
Aos 29 anos, Ado chegou ao clube em 21 de setembro, vindo do América-RJ, time no qual era reserva de País. Emprestado pelo Corinthians até dezembro, o goleiro deixou o Galo antes do término do contrato. “Ado decidiu abandonar o Atlético” foi a manchete do Esportes do Estado de Minas de 31 de outubro de 1975.
Sua estreia foi na derrota para o Internacional por 2 a 0, no Mineirão, em 8 de outubro, pela segunda fase do Campeonato Brasileiro – segundo o EM, Ado falhou nos dois gols do time gaúcho. No total, ele fez seis jogos pelo Galo e sofreu 12 gols, “quase todos frangos”, na definição do jornal.
Sua última partida, apenas a segunda diante da torcida, foi o empate por 3 a 3 com o Figueirense, em 29 de outubro. Por causa de contusão na mão direita, ele saiu quando o time perdia por 3 a 2, aos 30min do segundo tempo, substituído por Zolini, titular até sua chegada e anunciado pelo técnico Mussula, logo após a partida, como novo dono da camisa 1 atleticana.
AMARGURADO “Ado era a expressão exata do profissional amargurado, que se sentia ferido nos seus brios e reconhecia seus erros, sem poder explicá-los”, descreveu o jornal. “Ele estava confuso. Só tinha uma vontade: a de pedir rescisão de contrato e parar com o futebol. Ele viu nas suas três falhas a antecipação do seu fim como goleiro.”
O Corinthians, no entanto, não aceitou a devolução antecipada do goleiro. Ado continuou no Atlético, mas não voltou a jogar. Em reportagem na edição de 2 de novembro do EM, o goleiro reconheceu as más atuações e agradeceu a solidariedade de torcedores e companheiros, entre eles Zolini, após anunciar que pretendia deixar o clube. Com a eliminação do Atlético no Brasileiro, no início de novembro, Ado foi liberado, rescindindo amigavelmente o contrato. No ano seguinte, defendeu a Portu
Um momento na história
A curta passagem de Ado pelo Galo
postado em 01/11/2012 08:00