Atletico-MG

Galo muda de ares para buscar reação em clássico no Vale do Aço

Ludymilla Sá

Na luta por melhores posições no Brasileiro, vale até superstição. Depois do fiasco diante do Internacional na Arena do Jacaré, onde foi goleado por 4 a 0, na última rodada, o Atlético vai mudar de ares. Se quiser assistir ao clássico com o América, dia 10, seguinte ao duelo com o Ceará, quarta-feira, em Fortaleza, o torcedor da capital terá de percorrer 209 quilômetros até Ipatinga, no Vale do Aço, três vezes mais a distância de Belo Horizonte a Sete Lagoas. A decisão, segundo a diretoria, foi baseada na campanha não satisfatória do alvinegro no estádio do Democrata.


A justificativa, no entanto, se contrapõe aos números. A campanha no Ipatingão, comparada à trajetória alvinegra na Arena do Jacaré na mesma época, não é muito diferente. Desde o fechamento do Mineirão, em 2010, para as obras de reforma e modernização com vista à Copa do Mundo de 2014, o Galo disputou 34 partidas em Sete Lagoas. No ano passado, foram 18 partidas, das quais venceu oito, empatou duas e perdeu o restante. Este ano, triunfou em nove dos 16 jogos disputados, empatou quatro e perdeu três. No Vale do Aço, foram somente oito jogos (sete em 2010 e um este ano). O Galo venceu metade, perdeu dois e empatou os outros.

Na atual edição do Nacional, o aproveitamento alvinegro na Arena é ruim. Venceu apenas na estreia, por 3 a 0, o Atlético-PR. Depois, perdeu para o São Paulo, por 1 a 0, e empatou com o Atlético-GO por dois gols, além da goleada sofrida do Colorado. O zagueiro Réver espera que a mudança de casa traga bons fluidos: “Espero que essa mudança de estádio possa nos inspirar e nos ajudar a ter bons resultados novamente”.

Inicialmente, somente o jogo contra o Coelho será no Vale do Aço. Mas o clube não descarta a possibilidade da mandar outras partidas em Ipatinga. Neste caso, o retorno a Sete Lagoas dependerá da campanha a partir de então.

Novidades no Ceará

O técnico Dorival Júnior orientou neste sábado o primeiro trabalho tático para o jogo contra o Ceará. O armador Caio, com situação regularizada (veio do Al-Khor, do Catar), treinou entre os titulares. Mesma situação do também armador Renan Oliveira, que foi companheiro de Guilherme no ataque. “Comecei a trabalhar com bola e espero ajudar muito o Galo, que está passando por um momento difícil. Minha característica é ajudar na marcação e ajudar a armar o contra-ataque rápido. Se o Dorival optar por mim, vou fazer o melhor para ajudar os companheiros a sair com a vitória. Temos de mostrar superação, que o grupo é forte. Teremos um jogo difícil fora de casa e precisamos marcar forte para buscar os três pontos”, diz Caio.

Os laterais Roger e Leandro substituíram os suspensos Patric, na direita, e Guilherme Santos, na esquerda. Durante a atividade, Dudu Cearense foi substituído por Giovanni Augusto.