O América não foge à regra dos demais clubes brasileiros que apontam o extenso calendário como 'grande vilão' na temporada. O coordenador geral de futebol do Coelho, Marcus Salum, admitiu que o acúmulo de jogos e viagem em um curto espaço de tempo para recuperação do grupo é uma dificuldade a mais. Por isso, ele não descartou a chegada de reforços para a sequência das competições.
Em entrevista virtual, nesta quinta-feira, depois de conversar com o grupo no CT Lanna Drummond, Salum comentou sobre o excessivo número de partidas no ano, mas vê a situação como um problema para todos os clubes brasileiros. "Era algo previsível, pois é humanamente impossível cumprir esse calendário do futebol brasileiro", frisou.
"O América está entre os maiores do Brasil em relação ao calendário, já que na Libertadores há oito brasileiros e estamos entre eles, na maior competição da América do Sul. Eu vi os jogos do banco e Libertadores é diferente de qualquer outra coisa que já vi. A intensidade, a força do jogo, tudo é diferente. Tínhamos noção de que isso poderia acontecer, mas não é problema só do América", acrescentou.
Ele admitiu, porém, que o grupo do América é reduzido em número de peças e opções, em relação a outros clubes como Palmeiras, Flamengo e Atlético, que têm elencos mais equilibrados e com boa capacidade de reposição. Diante disso, o dirigente não descarta a chegada de reforços na reabertura da 'janela de transferências', em julho.
"Tirando Palmeiras, Flamengo e Atlético, que têm elenco, o resto tem esse problema, já vi muitos reclamando. Logicamente, na janela, dependendo da situação, vamos avaliar nomes, pois teremos que nos reforçar sim", projetou o coordenador geral do Coelho, que no entanto alertou para a situação financeira do clube.
"Existe uma ilusão em parte da mídia e da torcida que o América está nadando em dinheiro e pode contratar quem quiser. O América aumentou o patamar de contratações e o custo no futebol. Não existe clube no Brasil que vai acertar em todas as contratações", avaliou.
"Nosso percentual de acerto é bastante alto e vamos ter erros, como em qualquer grande clube do Brasil. Eu estou muito satisfeito com o elenco que a gente tem. E estou insatisfeito por não ter qualificado mais por falta de recursos. Arriscamos bastante, mas não o suficiente, pois havia muito risco em cima de trabalho que fazemos com sobriedade ao longo dos anos", enfatizou.