De acordo com o aplicativo de estatísticas SofaScore, a equipe americana teve 72% de posse de bola e 25 finalizações, sendo 14 certas. No entanto, o time não conseguiu abrir o marcador e levou o gol da derrota aos 46 minutos do segundo tempo.
"Os números mostram isso. Acho que foram poucos os jogos a nível de Libertadores que uma equipe 'amassou' tanto e teve tanto volume como nós tivemos, com mais de 72% de posse de bola, 31 finalizações, contra cinco do adversário e quase 420 passes contra 180. Foi um jogo que tivemos volume, presença de área, mas faltou o detalhe, um pouco mais de tranquilidade, eficácia, para que pudéssemos sair daqui vitoriosos, com um placar até tranquilo", avaliou Marquinhos.
O técnico elogiou a produção do time e ressaltou que trabalhará finalizações durante a semana de preparação para o jogo de volta. O América visitará o Guaraní na próxima quarta-feira (2/3), às 19h15, no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai.
"Isso é Libertadores, é o futebol. Tem que se ter paciência. Não saio satisfeito com o resultado, sem dúvida nenhuma, mas saio feliz com a produção da equipe, em relação ao mais difícil, que é criar oportunidades no futebol, e criamos muito, dentro daquilo que treinamos e trabalhamos. É insistir, até quarta-feira que vem, no trabalho de finalizações para que tenhamos maior eficácia nesse quesito de fundamento, que é o principal do futebol", disse o treinador.
Estreia do América na Libertadores
A partida contra o Guaraní marcou a estreia do América em torneios continentais. Apesar da falta de experiência do clube na Libertadores, alguns atletas já participaram do torneio, como o goleiro Jailson, o lateral-direito Patric e o atacante Wellington Paulista.
Questionado se isso afetou os jogadores de alguma forma, Marquinhos descartou a possibilidade e voltou a elogiar o bom desempenho do time na partida.
"Não acredito que tenha pesado (falta de experiência), de maneira nenhuma. Falei anteriormente, poucas vezes vi uma equipe jogar uma partida de Libertadores como o América fez, 'amassando', jogando verticalmente, e criando 31 finalizações, se não me engano, com cerca de 20 de situações reais de gol. Não creio que tenha sido falta de experiência, até porque muitos jogadores experientes que já atuaram na Libertadores estavam em campo", analisou o técnico.
Marquinhos Santos também citou o acaso do futebol. Na opinião do profissional, o gol do Guaraní, marcado por Josué Colmán, aconteceu em uma situação em que a equipe estava bem protegida. O comandante do Coelho disse que a equipe paraguaia teve efetividade e afirmou que o confronto ainda está aberto.
"Coloco a questão do futebol. A questão do atleta, o Colmán acertou uma finalização onde estávamos com quatro ou cinco atletas atrás da bola. Acabou desviando no Maidana e originou o gol do Guaraní. Futebol é efetividade, e o Guaraní teve isso, fez um gol em uma situação de contra-ataque, foi feliz aqui. Mas o confronto ainda está aberto por aquilo que apresentamos", afirmou o treinador.
Caso vença o Guaraní por um gol de diferença, o clube mineiro decidirá a vaga nos pênaltis. Não há prorrogação nas fases eliminatórias da competição, com exceção da final. Qualquer empate ou derrota elimina o Coelho da competição.