O técnico Vagner Mancini enfatizou o bom momento e a qualidade do Internacional após a derrota do América por 3 a 1 para o Colorado nesta quarta-feira (13), no Beira-Rio, em Porto Alegre. Em partida válida pela 26ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, o Coelho foi superado e viu sua invencibilidade cair. Ainda assim, o técnico ressaltou: 'Não jogamos contra um time qualquer'.
Análise da partida
De toda forma, Mancini lamentou o resultado no Rio Grande do Sul. Na avaliação do treinador, o Coelho fez um primeiro tempo superior ao do Inter, mas viu a equipe gaúcha crescer de produção e dominar a segunda etapa.
"A análise do jogo: o América melhor no primeiro tempo, o Inter melhor na segunda etapa. Enquanto a gente foi melhor, nós até tivemos boas oportunidades e acabamos não fazendo os gols. O Inter, na segunda etapa, aproveitou melhor as chances que teve e, por isso, o placar. Eu, sinceramente, lamento, porque nós fizemos um tempo muito bom, onde a gente poderia ter um aproveitamento melhor em todos os sentidos. Fomos organizados, chegamos bem à frente, mas, infelizmente, na segunda etapa, principalmente após o segundo gol, a equipe acabou sentindo um pouco. Teve que se abrir para buscar o empate e acabou tomando o terceiro gol", avaliou.
"Não houve queda física. Houve queda natural de imposição da partida. O Inter, quando fez o segundo gol, abaixou as linhas e passou a jogar no contra-ataque. Enquanto estava empatada a partida, o Inter se lançava à frente. Então, é natural que você tenha uma certa dificuldade, porque você está jogando fora de casa contra uma equipe que sai bem nos contra-ataques, que tem jogadores velozes. Isso acabou sendo fundamental dentro da estratégia do Inter - a partir do momento em que fez o segundo gol. Até então, o América tinha espaço para evoluir. Na segunda etapa, esse espaço diminuiu exatamente pelo recuo do Inter", completou.
O treinador também destacou o excesso de faltas cometidas na partida. Com propostas intensas de marcação, as duas equipes protagonizaram duelos fortes, especialmente no setor de meio-campo, e viram a partida ser paralisada em diversas oportunidades. Ao todo, 44 infrações foram marcadas durante o jogo - 21 do Inter e 23 do América.
Substituições e elogios ao rival
Por fim, Mancini avaliou as substituições que promoveu na segunda etapa. O técnico optou pelas entradas de Rodolfo, Ribamar, Bruno Nazário, Diego Ferreira e Marcelo Toscano nas vagas de Felipe Azevedo, Fabrício Daniel, Juninho Valoura, Patric e Lucas Kal, respectivamente.
Na visão de Mancini, todos os escolhidos 'brigaram'. Em seguida, o treinador voltou a elogiar o Internacional e destacou: 'Não é toda hora que o América vai ser superior ao adversário'.
"Sempre que você entra e o resultado é adverso, você tem uma dificuldade maior. É óbvio. Por mais que você entre na partida cheio de gás, fresquinho, você está perdendo a partida, então tem que se expor ao erro toda hora. Acho que todos eles brigaram, uns foram melhores que outros (o que normalmente acontece), mas essa queda de rendimento do América na segunda etapa se deve muito à imposição do Internacional. A gente não jogou contra um time qualquer. O Inter é um time bem dotado fisicamente, é um time que joga um bom futebol, que vive um bom momento no campeonato. A gente tem que entender isso: não é toda hora que o América vai ser superior ao adversário ou não é durante os 90 minutos que veremos superioridade, tanto física quanto técnica", finalizou Mancini.
O próximo compromisso do América na Série A será diante de um concorrente direto na luta pela permanência na elite nacional. No sábado (16), às 21h, o time mineiro receberá o Bahia (17°, com 27 pontos) na Arena Independência, em Belo Horizonte. O embate será válido pela 27ª rodada.