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Próximo rival do América, Juventude venceu apenas dois dos últimos 10 jogos

'Ju' vive fase oscilante no Brasileirão e ocupa a 15ª posição, com 27 pontos; veja análise tática do time gaúcho

08/10/2021 14:20 / atualizado em 08/10/2021 14:33
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Juventude quer ganhar força na briga contra o rebaixamento diante do América; na foto, o capitão William Matheus
foto: Gabriel Tadiotto/ECJuventude

Juventude quer ganhar força na briga contra o rebaixamento diante do América; na foto, o capitão William Matheus


Próximo rival do América na Série A do Campeonato Brasileiro, o Juventude vive fase oscilante e venceu apenas dois dos últimos dez jogos que disputou. A equipe gaúcha, assim como o Coelho, tem a permanência na elite do futebol nacional como principal meta em 2021.
 
 
 
Neste período, o Ju só superou RB Bragantino (2 a 1) e Santos (3 a 0). Houve empates com Fortaleza, São Paulo, Fluminense, Corinthians e Palmeiras - todos por 1 a 1. Além disso, derrotas para Cuiabá (2 a 1), Ahletico-PR (2 a 1) e Sport (3 a 1).

A derrota para o time pernambucano, inclusive, ocorreu na última rodada da Série A, na quarta-feira (6). José Welison, Mikael e Chico marcaram para o Leão da Ilha, enquanto Paulinho Bóia descontou para o Juventude.

O duelo contra o América, no entanto, tem importância crucial para o time gaúcho. Na 15ª posição, com 27 pontos, o Ju só depende de uma vitória dentro de casa para alcançar os mesmos 30 pontos do Coelho, que ocupa a 10ª colocação. Por este motivo, o jogo terá ainda mais 'cara' de confronto direto no Alfredo Jaconi.

No 1° turno, as equipes empataram em 1 a 1 na estreia do técnico Vagner Mancini no clube mineiro. Na ocasião, o atacante Matheus Peixoto - que já deixou o Juventude - abriu o placar aos 36min da primeira etapa, mas viu Juninho Valoura, de pênalti, igualar aos 40min do segundo tempo. 

O primeiro duelo entre os times no Brasileirão foi bastante equilibrado. O Coelho teve pequena superioridade em finalizações (12 a 8) e na posse de bola (54% a 46%), mas encontrou dificuldades para criar boas ocasiões de gol.

Em Caxias do Sul, Juventude e América voltarão a medir forças neste sábado (9), às 21h, em partida válida pela 25ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro.
 

Análise tática

 
O Superesportes ouviu o analista de desempenho Pedro Quadros, do Rio Grande do Sul, que fez uma avaliação completa do Juventude. Na visão do profissional, apesar de enfrentar uma fase oscilante, o Ju é uma equipe com bons padrões coletivos e valores individuais. Pedro elogiou o trabalho do técnico Marquinhos Santos.
 
" Acho que, para falar do Juventude, a gente tem que, primeiro, elogiar a postura do clube de ter mantido o Marquinhos Santos até agora - algo incomum no futebol brasileiro. É um time que já figurou na zona de rebaixamento, então a gente sabe que a tendência era, em algum momento, o Marquinhos já ter sido demitido - o que eu acharia uma injustiça, porque é um time que é bem treinado, na minha visão.
 
O Marquinhos, com o Edu Barros (que é o auxiliar dele), vem fazendo um trabalho muito bom. Pude acompanhar de perto aqui, principalmente na semifinal do Campeonato Gaúcho. Foi um time que impôs muita dificuldade ao Inter. Pelo que tenho notado, nos jogos que assisti, é um time que sabe explorar as vulnerabilidades do adversário.
 
A gente pode pegar como exemplo o Corinthians x Juventude, quando o Juventude soube explorar muito bem o espaço entre as linhas do Corinthians - que, naquela altura, era uma vulnerabilidade clara. O Timão tinha muitas dificuldades de proteger esse espaço, e o Juventude, na Neo Química Arena, fez um jogo muito bom. Dominou praticamente os 90 minutos, criando as melhores chances e não deixando o Corinthians jogar. Sofreu um gol de falta do Roger Guedes no final e deixou escapar a vitória.
 
Contra o Palmeiras, sabendo que é uma equipe que tem dificuldades em ataque posicional, o Juventude foi para o jogo com um bloco mais baixo, cedendo a posse de bola ao adversário. 26% de posse contra o Palmeiras. A gente vê que foi uma estratégia bem pensada, e o Juventude conseguiu executar de forma 'ok', saindo com um empate fora de casa - que não pode ser considerado um mau resultado, dado o contexto das duas equipes.
 
É um time que varia bastante a estrutura. Já vi jogar com três zagueiros - normalmente, faz uma saída de três com um dos laterais baixando para ajudar os zagueiros. Tem partido, na maior parte dos jogos, de um 4-1-4-1. O primeiro volante, Dawhan, tem jogado bem. Essa trinca de meio com Dawhan, Jadson e Guilherme Castilho (destaque do time no Brasileiro, com gols e assistências) tem feito bons jogos. 
 
O Castilho tem mais liberdade para chegar à frente. Ocupa, muitas vezes o entrelinhas dos adversários, pisa na área, finaliza. É um cara que leva perigo na bola parada também.
 
Outra coisa elogiável do Juventude foi o mercado que fizeram. Perderam o Matheus Peixoto, que era o artilheiro do Campeonato Brasileiro nas primeiras rodadas, e buscaram o Ricardo Bueno, que é um cara que também tem um currículo de Série A, um centroavante experiente. Chegou fazendo gol.
 
Acho que as coisas têm funcionado bem no Juventude sim. Eu acho que o Ricardo foi uma contratação inteligente, que encaixa no modelo. Também acho que o Ju tem conseguido superar as dificuldades. Perdeu o Matheus Jesus, que foi dispensado por indisciplina. O Paulinho Bóia também estava afastado, agora voltou a jogar. É um time que eu vejo como adaptável e que sabe explorar os pontos fracos do adversário. Na maior parte dos jogos, executa bem essa estratégia.
 
Meu destaque coletivo é esse: essa adaptabilidade no trabalho do Marquinhos. Muito bom. E o destaque individual fica por conta do Castilho, por tudo que disse anteriormente ".

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