Com a sanção da lei que permite aos clubes migrarem do modelo de associação para clube-empresa, a diretoria do América trabalha para acelerar o processo de criação do seu modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Nesta segunda-feira, o coordenador de futebol clube-empresa, Marcus Salum, se reunirá com advogados para discutir questões jurídicas da mudança.
O América já tem acordo avançado com um investidor há alguns meses. Justamente por isso, o grupo responsável pelo projeto de SAF vinha se reunindo semanalmente para discutir todos os detalhes do contrato e deixar os conselheiros cientes do que tem sido feito. Quando todas as cláusulas estiverem aprovadas pelas partes, o projeto será levado à apreciação final do Conselho Deliberativo.
Investidor
Uma das questões mais complexas para finalizar o processo é a negociação com o futuro investidor. Marcus Salum mantém contato constante com o grupo escolhido, mas ainda há detalhes para serem acertados antes da aprovação pelo Conselho.
Numa espécie de 'queda de braço', a diretoria tenta extrair para o clube o máximo de retorno financeiro sem abrir mão de tanto poder nas decisões. O valor total a ser investido, a forma de pagamento da atual dívida do clube (cerca de R$ 80 milhões) e quando a SAF iniciará sua atividade são temas que ainda estão em discussão.
O Superesportes apurou que o América trabalha com a possibilidade de investir cerca de R$ 120 milhões no futebol no próximo ano graças ao aporte do seu investidor. A título de comparação, o clube investiu R$ 22,3 milhões no futebol em 2020 para conseguir o acesso à Série A, conforme consta no último balanço.
Na atual temporada, a receita total estimada pelo América é de R$ 60 milhões, incluindo patrocínios, cotas de TV de todos os campeonatos, pay-per-view e premiações. Parte considerável desse valor é investida no futebol profissional.