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América: STJD pune Lisca, diretores e clube por confusão em clássico

Membros do Conselho de Adminstração e o treinador americano foram punidos por criticar a arbitragem na derrota, por 2 a 1, para o Cruzeiro, pela Série B

Redação
Lisca se revoltou e foi expulso no clássico contra o Cruzeiro - Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press
A 2ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou, nessa terça-feira (9), as infrações cometidas pelo técnico Lisca e pelos membros da diretoria Marco Antônio Batista e Anderson Racilan, no clássico entre América e Cruzeiro, na 25ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O treinador foi punido com dois jogos de suspensão, enquanto os conselheiros pegaram ganchos de 30 e 60 dias, respectivamente. 


 
 
Além das punições aplicadas aos envolvidos no caso, o clube americano também foi multado em R$ 1 mil por descumprir a diretriz técnica. Porém, a decisão do STJD cabe recurso. 
 
A confusão envolvendo os conselheiros e o comandante alviverde aconteceu após a partida contra a Raposa, quando os americanos reclamaram da atuação da arbitragem no clássico. A alegação do Coelho foi que o árbitro Dewson Fernando Freitas deixou de assinalar um pênalti para o América e marcou um pênalti para o Cruzeiro.
 
Como a Série B não tem o árbitro de vídeo (VAR), prevaleceram as decisões de Dewson. O ex-árbitro Paulo César de Oliveira, comentarista de arbitragem da Rede Globo, revisou os lances questionados por Lisca e deu razão ao treinador. 



Na ocasião, Dewson relatou na súmula do jogo que, na saída para os vestiários, Anderson Racilan partiu em sua direção e o ofendeu. Marco Antônio também teria se exaltado ao dizer que o árbitro favoreceu o Cruzeiro. 

Os dirigentes, por sua vez, estão no fim do segundo mandato no América e seguem no Conselho de Administração do clube só até 28 de fevereiro – data anterior à posse da nova diretoria. 
 

Punição contra a Ponte Preta

 
O Pleno do STJD também julgou, nesta quinta-feira, o recurso do América em favor do técnico Lisca, que foi punido em primeira instância com duas partidas de suspensão por também desreispeitar a arbitragem na partida contra a Ponte Preta, na 20ª rodada da Segunda Divisão. Com a decisão, o treinador teve a pena de dois jogos mantida em última instância. 


 
Na oportunidade, Lisca se revoltou com a arbitragem por um gol anulado do atacante Rodolfo, após finalização de cabeça de Felipe Azevedo, e foi expulso por reclamação contundente. O árbitro Eduardo Tomaz de Aquino Valadão viu toque de mão na conclusão da jogada, embora as imagens de televisão tenham indicado que a bola desviou no peito do jogador.  
 
Na súmula do jogo, Eduardo Valadão relatou as seguintes palavras de Lisca: “Meteu o ferro no meu time, meteram a mão na cara dura, péssima arbitragem, fudeu meu time, papagaiada, vergonha, faz essa bosta, que vergonha, não tem vergonha na cara, safadeza e com certeza será promovido por isso”.
 
Portanto, para o relator do caso no STJD, auditor Paulo Sérgio Feuz, o recurso não merece provimento. “Não se espera do técnico do América uma postura como a que constou na súmula e denúncia. As palavras proferidas ultrapassam a mera insatisfação com a decisões tomadas pela arbitragem e colocam em dúvida a idoneidade daquela instituição. Entendo que a Comissão aplicou corretamente a dosimetria da pena. Por se tratar de reincidente e insistir na reclamação, mantenho os termos da decisão de primeiro grau de suspensão por duas partidas”, explicou o relator. 
 
Lisca cumpriu suspensão automática diante do Cuiabá, mas, com a punição, ficará de molho por mais um jogo na temporada 2021.