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'Importante para o currículo', diz Lisca sobre chance de título com América

Técnico do Coelho falou sobre a importância do título da Série B para o time mineiro e para sua carreira

Luiz Henrique Campos
Lisca pode ser campeão da Série B pela primeira vez - Foto: Mourão Panda / América
O América ganhou mais uma chance de ficar com o título da Série B do Campeonato Brasileiro. Com a derrota da Chapecoense, por 2 a 0, para o Operário-PR, o time mineiro retomou a liderança e assumiu o favoritismo para ficar com o troféu – 51,6% de chances, segundo a UFMG. Em entrevista à Rádio Grenal, do Rio Grande do Sul, o técnico Lisca reconheceu a importância desta oportunidade para o Coelho e para sua carreira. 


 
 
“Sei da importância. A Série B é um campeonato diferente, são quatro times que ascendem, todos fazem festa. Mas está faltando o quarto time. Agora vai ser a quarta festa. Mas é sempre importante no currículo (ser campeão). Eu, particularmente, sou muitas vezes vice, né? Fui uma vez com o Caxias, uma vez com o Juventude, fui uma vez vice-campeão da Série B, mas confesso que eu gostaria bastante. Fui campeão cearense, campeão pernambucano, fui campeão mato-grossense, supercampeão gaúcho, mas é sempre importante. O Salum, presidente, já falou da importância para os jogadores, mas, por mais que você fale, a mobilização total no clube é pelo acesso. A gente tenta agora dar essa esticada na corda”, afirmou.

O treinador americano também revelou que, após o quarto empate consecutivo na competição nacional, viu o título escapar das mãos do América. De acordo com ele, seria muito difícil ser campeão da Segunda Divisão se a Chapecoense conseguisse aumentar a vantagem em relação ao Coelho

“Eu já estava desesperançoso, porque se a Chape ganhasse ia ser muito difícil, mas a Chape perdeu e ainda perdeu de 2 a 0. A vantagem veio para o nosso lado e vamos tentar dar uma caprichada. Mas é bem legal ser campeão, para todos nós, e vamos ver se a gente consegue”, disse Lisca. 



Com a combinação de resultados dos dois postulantes ao título brasileiro – empate do América e derrota da Chapecoense –, a equipe americana reassumiu a primeira colocação, com 70 pontos, e é favorita para ficar com a taça. De acordo com o site de probabilidades do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Coelho tem 51,6% de chances de ser campão, enquanto o Verdão possui 48,4%.

Para o técnico do América, ser campeão da Série B é vantajoso para o clube pelo fato de entrar na terceira fase da Copa do Brasil da próxima temporada. 

“Entra entre os 32 (da Copa do Brasil), mas é um atalho muito interessante. Claro que perde também as cotas das primeiras fases, mas não tem a garantia de que vai passar, né? Na verdade, o campeão da Série B é o 21º, vamos falar a verdade. O segundo é o 22º. Ele troca com o 17º, 18º, no outro ano vai jogar a Série A, a gente tem consciência disso. Tem que cuidar bem disso, saber a realidade das coisas para o América jogar uma Série A e ficar na Série A”, afirmou. 

Disputa com a Chape


O comandante americano também comentou sobre a corrida pelo título da Série B com o time catarinense. Para ele, os desempenhos das duas equipes são dignos de título. Além disso, reconheceu a competência dos profissionais que levaram a Chape de volta à Séria A. 



“A campanha está bem parecida. Realmente a Chape está fazendo um trabalho muito legal este ano. A disputa do título é a cereja do bolo. Estão os dois na parte final, mas nessa parte final não estamos fazendo grandes jogos. Depois que garantimos o acesso, fizemos quatro empates. A Chape também (não está bem). Não é fácil. Depois que você consegue o objetivo na Série B, pega times lutando para não cair, com outros objetivos, a gente complicou um pouco, tem feito poucos gols, e nessa última rodada vamos ver como fica essa decisão, que está muito parelha”, projetou.

“O Umberto Louzer, treinador, foi meu auxiliar no Guarani. Logo ali eu detectei que tinha um talento nato. Ele é um grande treinador, tem uma liderança enorme, conhecimento também. O Marcelo Rohling, preparador físico, trabalhou comigo em cinco clubes, o Felipe Endres (auxiliar) é um baita profissional, trabalhou comigo em muitos clubes, o Gabriel Remédio (auxiliar) também. Os caras são bons, pegaram a Chapecoense caindo no Catarinense, acabaram sendo campeões catarinenses e fizeram essa campanha”, completou Lisca. 

Renovação contratual


Com tudo encaminhado para permanecer no América na temporada de 2021, o treinador também revelou que já recebeu a proposta de renovação do clube e elogiou o empenho da diretoria alviverde para mantê-lo. 



“A tendência é eu ficar no América. Conversei com o Salum, o presidente. ‘Ah, se vier um gigante do futebol, da Série A, a gente vai até conversar’. Mas no momento os convites pra mim continuam na zona de emergência, para tirar time de sufoco, times intermediários e aí eu vou optar por ficar no América”, revelou o comandante.