“No jogo contra o Vitória, em Salvador (2 a 1 para o Coelho, na 14ª rodada). Ali, a gente vinha de um momento difícil, tínhamos algumas dificuldades, criou-se uma certa desconfiança. Não estávamos indo bem”, disse.
“A gente fez uma atividade lá em Salvador, e agora eu posso confessar para vocês. Ao invés de treinar, nós fomos para a praia. Eu levei os jogadores para tomar um banho de mar em Salvador, conversamos muito, mentalmente. Abrimos mão um pouco do campo, trabalhamos mais a parte mental e a resposta foi muito positiva”, revelou.
“Dali para frente, o time se transformou. Obviamente, não só por isso, mas foi um ponto que marcou muito a gente. Os jogadores esperavam bronca, dificuldade e tiveram uma tarde de muita felicidade em Itapuã, lá em Salvador”, completou Lisca.
Avaliação da campanha
O treinador alviverde também avaliou a campanha do clube na Série B. O América é líder, com 67 pontos - um a mais que a vice Chapecoense. A equipe briga por um inédito tricampeonato, que isolaria o time mineiro como o maior campeão da competição.
“O campeonato foi muito bom para a gente. Só não dá para dizer perfeito porque faltam algumas rodadas, e a gente tem um novo objetivo que é a briga pelo título. (...) Apesar de estarmos todos cansados, mentalmente, principalmente, mas a gente ainda tem um pouquinho mais pra dar”, disse.
“Esse nosso segundo turno é muito assertivo. Nós temos apenas uma derrota. (...) Nunca tivemos duas derrotas seguidas, sempre estivemos na ponta de cima da tabela, sempre destacando em vários dados. O time que menos tomou cartão. 44 cartões amarelos, e o segundo tomou 66, gente. O América é o time que menos faz falta; não teve nenhuma expulsão na competição. Essas coisas são pouco faladas. O time que mais entrou no último terço, que mais teve passe para frente, que mais fez ponto no segundo turno, nas últimas dez rodadas; tem a segunda melhor defesa, tem a melhor campanha como visitante. Uma série de números bem definitivos e que alicerçaram essa nossa campanha bem consistente”, acrescentou.
Por fim, o comandante do Coelho projetou o 2021 do clube e falou sobre a possibilidade de 'jogar como protagonista, dentro de suas próprias condições'.
“Nosso objetivo agora é ficar (na Série A). É crescimento do clube, é dedicação total para a gente parar com esse efeito de ir e voltar. O América é um clube que tem condições totais de jogar uma Série A, permanecer e, quem sabe, almejar uma competição internacional, que seria muito legal para todos nós”, finalizou Lisca.