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Após derrota do América, Lisca lamenta má pontaria, cera de rival e gramado fofo do Castelão

Coelho foi superado pelo Sampaio Corrêa, em São Luís, que conquistou a primeira vitória na Série B

Redação
Técnico Lisca criticou a cera do Sampaio Corrêa na partida desse sábado - Foto: Estevão Germano/América
Embalado após três vitórias consecutivas na Série B do Campeonato Brasileiro, o América foi ao Maranhão enfrentar o lanterna Sampaio Corrêa. No entanto, o Coelho jogou mal e acabou derrotado pelo Tricolor por 1 a 0, nesse sábado, no Castelão, em São Luís, pela 8ª rodada da competição. Para o técnico Lisca, três fatores foram importantes para o revés: a má pontaria americana, a cera do rival e o gramado.



“Principalmente depois do gol deles, não houve mais jogo. O time adversário fez hoje o antijogo, a cera, protelando o tempo. Goleiro caindo, as bolas e os gandulas sumindo… Depois dos 20 (minutos) do segundo tempo, o jogo não andava. O juiz deu seis (minutos de acréscimo), depois deu mais cinco, mas dentro dos descontos que ele dava, os caras caíam, ficavam sendo atendidos dentro do campo”, desabafou o treinador alviverde. 

Segundo Lisca, a Série B é um campeonato em que muitas vezes o antijogo prevalece, o que atrapalha as equipes que buscam ter o domínio da posse de bola. Além disso, o técnico americano criticou a postura do goleiro Gustavo, do Sampaio Corrêa, que foi atendido no gramado por vários minutos, e a posição do árbitro Denis da Silva Ribeiro Serafim.

“Futebol hoje tem disso, principalmente na Série B. A gente vê um cenário como vimos hoje e, infelizmente, no futebol, muitas vezes vence quem faz o antijogo, que não quer o jogo e ‘amorcega’ a partida. Hoje o que o Gustavo fez, o goleiro deles, foi lamentável, mas faz parte da regra. O juiz foi condizente, não puniu os jogadores do Sampaio e eles arrastaram o jogo até o final”, completou.



Para o treinador, outro fator que contribuiu para a derrota americana foi a má pontaria do time na partida. Das 15 finalizações do América, apenas duas chegaram à meta maranhense, um aproveitamento de 13,3%. Oito dos arremates foram para fora e cinco foram travados, segundo dados do aplicativo SofaScore.

“Até produzimos um bom volume, mas, mais uma vez, não conseguimos aproveitar as oportunidades que criamos. Exigimos muito pouco do goleiro. A bola passou do lado, bateu na trave. Chegamos com um pouco de dificuldade nas conclusões de média distância e cabeceios, que são coisas que precisamos melhorar para transformar esse volume em vitórias”, disse Lisca.

Além da cera e as finalizações erradas, Lisca avaliou que o gramado do estádio Castelão prejudicou o estilo de jogo do América, que preza pelos toques rápidos e triangulações. Apesar do mau resultado, ele disse, também, ter tirado lições para a sequência da temporada. 



“Fica essa lição: não deixar o adversário que tem essa característica sair na frente. Seria importante, porque se o jogo tivesse empatado eles não poderiam fazer tanto quanto fizeram [...] O campo também é um pouco fofo, dificulta nosso jogo de combinação”, finalizou.

Com a derrota, o Coelho se manteve na quarta posição, com 14 pontos, perdeu a chance de subir mais na classificação e pode deixar o G4 da Série B ainda nesta rodada. A Chapecoense (5º colocado, com 13 pontos) pode ultrapassar o time mineiro caso vença o Avaí neste domingo, às 11h, na Arena Condá. O CRB (7º colocado, com 12) também poderá passar o alviverde se superar o Cruzeiro na segunda-feira, às 20h, no Mineirão.

A próxima partida do América será na quarta-feira, às 19h15, contra o líder Paraná Clube (17 pontos ganhos), no Durival de Britto, em Curitiba. O duelo no Sul pode valer a ponta da tabela.