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Lisca lamenta empate amargo em casa e diz que faltou personalidade ao América

Treinador considera que igualdade com Operário-PR teve sabor de derrota

Vicente Ribeiro
Lisca orienta João Paulo; treinador reclamou da falta de personalidade do Coelho - Foto: Mourão Panda/América
O técnico Lisca considera que o empate no ‘apagar das luzes’ sofrido diante do Operário-PR, na noite desta sexta-feira, no Independência, foi um golpe duro para o América neste início de Série B do Brasileiro. O treinador lamentou o fato de o Coelho não ter aproveitado a vantagem para ampliar o placar e ainda ter sido castigado com o gol do Fantasma nos acréscimos, aos 48min da etapa final. 



Depois de mais um tropeço no Independência, o comandante americano reconheceu o mau rendimento da equipe como mandante. Antes do tropeço diante do Operário-PR, o Coelho vinha de derrota para o Cuiabá, por 1 a 0, pela segunda rodada. “ É um gosto bem amargo, um empate com sabor de derrota e nossa produção é muito fraca dentro de casa, um ponto em seis disputados. E ainda teve a falta de personalidade do nosso time para sustentar o resultado, levamos o gol faltando 15 segundos”, criticou.

Lisca disse que o América poderia ter liquidado a fatura já no primeiro tempo, quando teve amplo domínio e não aproveitou as chances. Na etapa final, o treinador admitiu que faltou poder de conclusão ao time, que segundo ele continuou melhor, mas permitiu que o adversário ganhasse confiança e se atirasse em busca do empate, o que ocorreu no fim, para desespero dos alviverdes.

“A gente fez uma alteração no sistema, colocamos mais jogadores no campo ofensivo, jogamos com dois atacantes lado a lado, preenchemos mais o meio, o que não vínhamos fazendo. Colocamos o Matheus mais por dentro, fazendo a ligação, e fomos bem melhores no primeiro tempo, poderíamos ter ampliado”, enfatizou o comandante, que escalou a dupla Rodolfo e Felipe Augusto, com o armador Matheusinho municiando o setor. 


 

Lisca apontou desgaste como outro fator que atrapalhou o rendimento, mas não deixou de criticar o time pelo que chamou de falta de ‘personalidade’ e objetividade para liquidar a partida. “Voltamos bem posicionados no segundo tempo, mas os jogadores deram uma cansada, o Matheus, o Alê, e reposicionamos o time. Controlávamos bem a partida, mas, com todo o volume de jogo, não tivemos finalização no segundo tempo, é impressionante. Foram várias chegadas, pelos lados, com bola parada, mas o Rodrigo (Viana, goleiro) simplesmente não fez defesas no segundo tempo”, reclamou. 

“Aos poucos, o time deles cresceu, viu que não tínhamos força necessária para matar a partida. O Gerson, inteligentemente, soltou o time, pôs o time para frente e no fim do jogo tivemos um erro de posicionamento, nosso jogador fechou o fundo, foi pressionar a bola, e não precisava disso. O Bustamante foi feliz, achou o Reniê, que fez o cruzamento e eles empataram o jogo, talvez no único chute que eles deram. O Matheus (Cavichioli) praticamente só fez intervenções. A gente lamenta, mas vamos virar a página, concentrar, teremos um jogo dificílimo em Caxias e vamos tentar recuperar esses dois pontos que deixamos aqui em Caxias”, comento o técnico, citando o compromisso da próxima segunda-feira, diante do Juventude.