O América segue atento ao mercado da bola mesmo durante a pausa das competições esportivas. Em live realizada pelo clube, o diretor de futebol Paulo Bracks revelou a estratégia adotada pela cúpula alviverde para contratações, dividindo em diferentes perfis de reforços.
Segundo ele, o Coelho analisa três tipos de atletas: aquele que chega para jogar; o que vem para compor e brigar por espaço no elenco;e a aposta. Se encaixam nesse primeiro perfil os atacantes Felipe Augusto e Rodolfo, o meia Alê e o zagueiro Eduardo Bauermann.
“Quando você perde um Ricardo Silva na zaga, você tem que buscar um zagueiro para chegar e jogar. Quando você perde um centroavante, você precisa de contratar um outro que chegue para jogar, já com a perda de um extremo, como foi o caso do Azevedo por empréstimo, você precisa de outro para chegar e jogar. Então, o Eduardo Bauermann, o Felipe Augusto, o Rodolfo e, ainda vou acrescentar o Alê, fazem parte desse perfil. Eles deram certo até agora, mas pode não dar certo porque o futebol é imprevisível. Futebol a gente rascunha para tentar minimizar o erro”, disse.
Até o momento, a diretoria americana fez oito contratações para a temporada 2020. Além dos citados, chegaram ao clube o atacante Léo Passos, o zagueiro Joseph, o volante Rickson e o goleiro Victor Hugo. Os três primeiros fazem parte do segundo perfil de reforços analisados pelo Coelho.
“O segundo tipo de jogador vai compor inicialmente o elenco e vai brigar por espaço dentro do grupo. Então, eu cito nesse elenco nosso hoje alguns atletas como Joseph, Léo Passos, Rickson e Geovane. São jogadores que a gente acredita muito neles, mas que são atletas que vêm de uma camisa forte ou base forte e que vão incomodar os titulares e dar dor de cabeça para o treinador”, completou o mandatário.
As apostas fazem parte do terceiro ‘tipo’ analisado por Bracks. Os atletas que compõem esse perfil são jovens jogadores, que também podem ser formados nas categorias de base, ou de reforços que trazem rendimento financeiro ao clube. Para o mandatário, os sul-americanos também compõem esse perfil.
“Essa aposta pode ser a de um jogador jovem ou de um jogador que a gente vai mirar a eventual venda. Eu nunca fiz essa análise, mas eu vou encaixar esse jogador sul-americano nesse terceiro tipo. Por que? O sul-americano de destaque viria para o primeiro tipo, que é o jogador para chegar e jogar, mas o América não tem essa bala na agulha para poder contratar um jogador de peso para chegar e jogar”, analisou.
Aposta na base x sul-americano
Em setembro do ano passado, o América contratou o meia-atacante Juan Boselli por empréstimo do Athletico-PR. O uruguaio de 20 anos não chegou a atuar pelo clube mineiro e teve o vínculo rescindido no dia 14 de novembro. Ele fazia parte do perfil de ‘apostas’ traçado pela diretoria alviverde.
“Um exemplo disso foi o Juan Boselli no ano passado. Ele não se adaptou aqui e nem no Athletico-PR. Esse jogador vai brigar espaço com as nossas apostas da base. Eu não vou trazer um jogador sul-americano para brigar espaço com nossas apostas da base. Aí seria brigar com os nossos atletas que foram integrados ao profissional e com as promessas do sub-20, que nós estamos de olho como o Victor Hugo, o Gustavinho e o Guilherme. Eu não posso trazer um atleta sul-americano de aposta que vá brigar com os base. O dia que tiver a oportunidade de adquirir um jogador para chegar e vestir camisa e, que não tenha um custo alto, a gente vai fazer”, avaliou Bracks.
O América conta com quase um time completo de jogadores da base integrados ao elenco profissional neste começo de temporada. São eles: os atacantes Carlos Alberto e Vitão, o volante Renan Gomes, o meia João Gabriel, o lateral-esquerdo Lucas Luan, os laterais-direito Ronaldo e Thalys e os zagueiros Luisão e João Cubas.
O clube ainda avalia a situação do zagueiro Sabino e do meia Guilherme Borges, reintegrados ao Coelho após fim de empréstimo ao Villa Nova.