O América cobra do governo de Minas o repasse de R$ 8.907.748,56 referentes à concessão do Independência. Em 2009, o clube cedeu o estádio ao estado por meio de um convênio e um termo de cessão por 20 anos, para que fosse reformado a tempo para a Copa das Confederações de 2013 e Copa do Mundo de 2014.
Como prevê o contrato de licitação, a administradora do estádio, BWA/LuArenas, deve repassar ao governo de Minas os 10,58% de sua receita bruta mensal. O Coelho tem direito à metade desse percentual, mas esse valor não vem sendo pago ao clube desde janeiro de 2016.
O estado já foi notificado pelo clube alviverde em outras ocasiões. Como as ações administrativas de cobrança não surtiram efeito, o América promoveu a notificação judicial do governo de Minas em dezembro do ano passado.
À época, o presidente Marcus Salum revelou ao Superesportes a possibilidade de abrir mão do valor do pagamento para reassumir a gestão do Independência.
“O América deveria estar recebendo e não está. Então, tudo que acontece no Independência hoje é de responsabilidade do operador e do Governo do Estado. Nós temos regras no contrato que sempre têm de ser cumpridas, e essas regras vêm sendo cumpridas ao longo do tempo com muito dificuldade. Aquele negócio de tampar escudo, aquela coisa que todo mundo sabe, que é uma luta grande. Tentaram fazer arquibancada sem a nossa autorização e tivemos que notificar. Tudo isso já aconteceu. Para nós, impacta pouco. A única coisa que nós não vamos deixar em 2020 é perdurar a dívida sem uma solução. O América já propôs que se isso acontecer, abre mão do que ele tem direito para receber, mas quer o estádio de volta”, disse o mandatário.