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Ex-atacante Alessandro fala sobre trajetória no América e parabeniza clube no aniversário de 108 anos

Ex-jogador ainda elegeu o gol mais importante de sua carreira

postado em 30/04/2020 07:59 / atualizado em 30/04/2020 00:54

(Foto: Arquivo/Estado de Minas/D.A Press)

Decisivo. É assim que Alessandro está guardado na memória dos torcedores do América. O ex-atacante deixou os gramados em 2014, mas continua a ser lembrado pelos gols que foram importantes para a história do clube alviverde. 
 
Alessandro foi revelado nas categorias de base do Coelho e deu início à sua trajetória no profissional em 2001. Naquele ano, ele fez o gol que garantiu o título do Campeonato Mineiro sobre o rival Atlético.
 
Ele ainda ficou marcado por ter assinalado os primeiros tentos do alviverde no novo Independência e por garantir o clube na final do Estadual de 2012, ano do centenário. Ao todo, foram 169 jogos e 53 gols com a camisa do América. 
 
Em entrevista ao Superesportes, o ex-jogador relembrou sua carreira no América e parabenizou o clube pelos 108 anos de história, celebrados nesta quinta-feira. Ele também contou sobre o filho Alessandro Rangel Nunes, que não só divide o amor pelo clube alviverde, como também é uma das crias da categoria de base sub-11 do Coelho. Leia a entrevista completa a seguir:
 
Algo que ficou marcado na história do clube foi o seu gol sobre o Atlético no Campeonato Mineiro de 2001. Como você descreve a sensação de ter marcado o gol que garantiu o título do América?
 
Então, isso ficou muito marcado. Ele está entre os três gols mais importantes da minha carreira, em alguns momentos eu penso nele como o mais importante. Para mim foi um pontapé porque eu estava com quatro meses de profissional, e o time do América não tinha começado bem o campeonato. Mas a gente foi dando a volta por cima, na época a gente tinha um time muito jovem e nós conseguimos chegar a final e fomos agraciados pelo título. 
 
Você se tornou um dos ídolos do Coelho, e a torcida tem um enorme carinho por você. O que mais te marcou nas suas passagens pelo América?

Em 2012, quando a gente levou o América para a final do Mineiro, me marcou muito. Teve um jogo que eu não me lembro se era Campeonato Brasileiro, mas foi contra o Avaí, onde teve uma briga e o árbitro expulsou o goleiro Fabiano e mais três jogadores nossos e eu fui para o gol. Na ocasião era um pênalti e o atacante do Avaí errou o pênalti. Então, são alguns momentos que ficaram marcados. Esses dois juntamente com o gol sobre o Atlético. Tem um jogo também que foi a minha volta, em 2011, no jogo contra o Bahia. O placar estava 1 a 1, eu entrei e fiz o gol da vitória e marcou o retorno do América à primeira divisão. Esses momentos eu tenho na minha cabeça até hoje. Acredito que não só eu, mas a diretoria e o torcedor também guarda com muito carinho.
   
Hoje seu filho joga nas categorias de base do América. Ele também é atacante? Esse carinho pelo clube passou de pai para filho?
 
Eu era um jogador um pouco mais leve, que saía um pouco mais para o jogo. Já ele é um jogador mais referência, mais centralizado. O América viu ele jogando os campeonatos da categoria sub-11 e conversando com o treinador, ele perguntou se teria oportunidade de levar ele, porque ele já estava acompanhando o meu garoto há algum tempo e eu fiquei muito satisfeito. Quem sabe aí, nós estamos planejando com muita calma porque ele ainda tem 10 anos, mas quem sabe ele pode repetir alguns dos meus feitos. E o América, acima de tudo, tem dado muita oportunidade para a gente e para ele também. Eu ficaria muito feliz se meu filho traçasse os mesmos passos no América. 
 
(Foto: Arquivo pessoal)
 
 
O América está invicto nesta temporada, é líder do Estadual e faz uma boa campanha na Copa do Brasil. Você tem acompanhado o clube?
 
Eu acompanho, estava acompanhando no início do ano antes desse momento conturbado no qual estamos vivendo. Até porque eu gosto de ver o jogador revelado, saber de onde ele vem e a sua trajetória. Eu gosto de estar acompanhando o América, porque desde a minha época eles têm revelado jogadores, apesar de que eu acho que nos últimos anos deixou de priorizar um pouquinho essa questão dos jogadores de base. Eu acho que eles têm que focar um pouco mais aos garotos da base, talvez selecionar um pouco mais para ficar revelando já que isso é o lema do América. Eu tenho acompanhado sim, mas hoje a gente vê muito poucos talentos revelados da base em comparação à minha época.
 
Recentemente, o América revelou alguns jogadores da base como Flávio e Zé Ricardo. Este ano, o atacante Carlos Alberto recebeu sua primeira oportunidade no profissional, ainda com 17 anos…
 
Eu falo para todos que o América é um clube ‘mãe’. Ele abraça os garotos, ele consegue atender em vários fatores que às vezes muitos clubes não conseguem atender. Hoje, a gente vê que é preciso ter o lado psicológico. Por exemplo, se tem um menino que precisa ser abraçado, talvez por ele vir do interior e nunca ter tido contato com a cidade grande anteriormente, como foi o meu caso. Então, o América traz essa estrutura social e isso é um fator importante para o clube. O clube tem melhorado nesses aspectos de estar abraçando, mas acho que falta um pouco no América, em comparação à minha história, é selecionar e abrir um pouco mais o campo, a região para dar oportunidade aos novos talentos porque o nosso estado é muito rico de talentos.
 
O América está completando 108 anos neste dia 30 de abril. Qual mensagem você deixa sobre o clube e para o torcedor?
 
Primeiramente, eu desejo os parabéns pelos 108 anos de história, tradição e alegria. Eu falo que nos meus momentos eu tive muito mais alegria no América do que tristeza, então eu quero agradecer pelo clube ter aberto esse mundo futebolístico para mim. Eu consegui fazer história no futebol graças ao América. Eu quero agradecer também a oportunidade do meu filho estar vestindo a camisa do América. Então, que eles tenham não só 108 anos, mas uma vida muito longa e de muita alegria porque o torcedor americano é um torcedor que acredita, é um torcedor exigente e é um torcedor que valoriza o clube e os jogadores.
 
(Foto: Arquivo/Estado de Minas/D.A Press)
 
   

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