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Dificuldades, ajustes e vitória merecida: Lisca analisa classificação do América

Coelho bateu o Operário-PR por 2 a 0 e avançou na Copa do Brasil

Redação
Lisca ressaltou mudança tática que ajudou América a vencer o Operário fora de casa - Foto: Estevão Germano/América

Com uma boa atuação, especialmente na etapa final, o América avançou à terceira fase da Copa do Brasil. O Coelho venceu o Operário-PR, nesta quinta-feira, por 2 a 0, fora de casa, e garantiu a classificação. O jogo, apesar do placar tranquilo, não foi fácil para a equipe mineira, que teve dificuldades na criação de jogadas, principalmente no primeiro tempo.



O América começou o jogo com domínio da partida, mas não conseguiu transformar a posse de bola em jogadas perigosas. Além disso, o Coelho sofreu com as jogadas de lançamentos longos do Operário, como analisou o técnico Lisca.

“Achei os primeiros 20 minutos bons. A gente estava controlando, tentando. São dois padrões de jogos diferentes. O Operário é um time muito complicado aqui. É um jogo de imposição, de marcação individual, disputa, contato físico, e não é o que a gente gosta de fazer. O adversário dificultou o nosso trabalho. Na metade do primeiro tempo eles conseguiram encaixar algumas bolas, foram perigosos. Eles brigam muito pela bola alta. É a opção do Operário”, disse o treinador, que fez mudanças táticas na etapa final. 

Lisca ajustou o Coelho para os pontas Ademir e Felipe Augusto jogarem mais por dentro. Desta forma, o time mineiro encontrou espaço pelos lados do campo e, por lá, criou as jogadas que resultaram nos gols de Rodolfo e Felipe Augusto.



“Eles não tinham como fazer isso por 90 minutos. A gente sabia que, no segundo tempo, a gente teria mais espaço. Fizemos alguns ajustes, trouxemos o Ademir e o Felipe Augusto por dentro. Tivemos mais calma quando pegamos a segunda bola. Quando a gente pegou a segunda bola e estava no campo do adversário, tivemos mais calma para jogar. Conseguimos fazer o primeiro gol e assumimos o controle da partida”, completou o treinador.

Para o treinador, o América soube fazer valer a vantagem no placar e não deu chances para o Operário buscar o empate diante de seu torcedor. “Eles tentaram seguir com a bola longa e espaçaram mais a equipe, cansaram um pouco. Depois do primeiro gol, colocamos o nosso padrão. Tivemos mais espaço, a marcação deixou de ser mais acirrada. Aí entramos com nossas triangulações, circulação, levamos a bola pelas beiradas, fizemos o segundo gol e tivemos chances de fazer o terceiro. Achei que teve um pênalti para nós, o Juninho errou um gol".

"Mas, mais importante que fazer o terceiro, era manter o controle do jogo. Eles continuaram ameaçando nas bolas paradas e nas bolas longas, mas não foi suficiente para buscar o empate e acoçar muito o Airton. Depois, o time soube trocar o ritmo do jogo, levar a bola para os cantos, circular a bola, deixar a equipe adversária nervosa, a torcida passou a jogar contra, cobrar e vaiar. Acho que foi merecido pelo que a gente fez, por nossa proposta de jogo, com uma qualidade boa, mas com o futebol nem sempre”, comentou.


Foco no Boa

Depois da classificação, o América muda o foco. No próximo domingo, o Coelho receberá o Boa Esporte, às 16h, no Independência, pela oitava rodada do Campeonato Mineiro. Líder do Estadual, o time comandado por Lisca poderá encaminhar vaga na semifinal da competição em caso de vitória no Horto.

Lisca, no entanto, não espera jogo fácil contra o Boa Esporte. O treinador do América analisou o crescimento da equipe de Varginha nas últimas partidas.

“Agora é ter pés no chão, usar toda a nossa experiência. Temos muita coisa para fazer. Domingo já temos jogo de decisão no Campeonato Mineiro, um adversário difícil. Assisti ao jogo contra o Cruzeiro e o Boa cresceu muito, com um treinador muito experiente, que é o Nedo Xavier, que enfrento desde 2011, quando ainda era Ituiutuaba. É focar no domingo”, concluiu.