O caso de racismo de um torcedor do América contra o zagueiro Eduardo Bauermann movimentou os bastidores do clube. O volante Juninho falou sobre o ocorrido, saiu em defesa do companheiro e elogiou a atitude dos torcedores que repudiaram o infrator.
O meio-campista revelou não saber do caso até o dia seguinte ao jogo, quando o caso repercutiu nas redes sociais. Um integrante da Seita Verde, torcida organizada do clube, xingou Bauermann por causa da cor de pele do atleta e foi rapidamente retirado pelos outros integrantes.
Juninho também criticou o fato de essas atitudes ainda acontecerem nas arquibancadas: “Isso não cabe mais em lugar nenhum, preconceito contra qualquer tipo de raça e gênero não deveria existir mais”.
Jogador do América desde 2016, Juninho elogiou bastante a postura dos “verdadeiros torcedores” do clube e a rapidez com que agiram dentro da situação. “Fico feliz pela atitude da própria torcida, que repudiou na mesma hora, parece que o torcedor (racista) foi expulso. Ele era de alguma torcida (organizada). Deixo os parabéns ao verdadeiro torcedor e o Eduardo tem total apoio nosso. É bom ver gente que repudia”, opinou.
Autocrítica com a estreia abaixo da média
Além da questão extracampo, Juninho também apresentou autocrítica sobre a atuação da equipe no empate diante da Caldense. O volante destacou erros que custaram a vitória ao América e não creditou a atuação abaixo da média ao fato de ser a estreia. “Não vou nesta linha (de falar que falta entrosamento) porque a gente teve 20 dias de preparação e estávamos prontos para o jogo. Não vou usar essa desculpa, não fizemos um bom jogo tecnicamente. Tivemos bons momentos no primeiro tempo, e tenho confiança que o segundo jogo será melhor”, disse.