“Essas conversas estão em andamento. E em um bom andamento. Não vamos dizer que são iniciais não. Já passaram de um estágio inicial. Já estamos em fase de namoro mesmo, para ver se a gente consegue chegar a alguma coisa. Logicamente, com todos os cuidados necessários, que uma parceria dessa exige. Não é uma parceria fácil de ser feita. O América é uma instituição de mais de 100 anos. Então tem que ter todos os cuidados. Por isso que nós estamos nos assessorando. Eu diria que estou otimista. Mas não um otimista irresponsável. Estou otimista que as coisas estão andando e podem acontecer”, projetou Salum.
Segundo informações inicialmente veiculadas pela Rádio Itatiaia, a diretoria América negocia com um grupo de investimentos chinês uma parceria para o aporte de R$200 milhões no clube. O América seria transformado em um clube-empresa, com os chineses assumindo a gestão do clube. O dinheiro seria utilizado para pagamento das dívidas do clube, ampliação do CT Lanna Drumond e contratação de jogadores.
Nos últimos anos, o América sofreu com as oscilações entre as Séries A e B do Campeonato Brasileiro, o que tem impacto direto no orçamento do clube. Isso porque os times da Primeira Divisão recebem valores maiores pelos direitos de transmissão da tv. Para tentar sair dessa situação de dependência do dinheiro da televisão, Salum disse estar trabalhando com afinco, porém de forma responsável.
“Nós começamos um trabalho de prospecção. Conversar com investidor, com clube do interior, uma série de coisas. E apareceram pessoas sérias que tinham interesse em fazer uma parceria com o América. Não aconteceu proposta ainda. Estamos trabalhando. O que que é o trabalho? É desenhar uma proposta, desenhar um modelo, fazer uma ‘valuation’ (avaliação), pegar um número. Tudo isso está sendo feito. E está sendo feito de uma forma responsável. Estamos contratando uma consultoria de altíssimo nível, de nível nacional, uma das cinco maiores, para que a gente possa ter um projeto consistente. O dia que tiver uma proposta efetiva, uma carta proposta, todo mundo vai saber. Mas para ela chegar, tem que ter muita conversa”, disse o presidente.
Elevação de patamar do clube
Na última semana, o presidente americano falou sobre a possibilidade de uma parceria com a multinacional austríaca Red Bull, mas negou que tenha sido procurado pela empresa. Na oportunidade, Salum afirmou, ainda, que os moldes do patrocínio recém anunciado da Red Bull ao Bragantino não são uma forma de negócio que agradaria ao América.
Para Salum, a possível parceria com o grupo chinês seria uma forma de dar sustentabilidade ao clube e, ao mesmo tempo, elevar seu patamar.
“Estou procurando um projeto 2019-2020 para dar sustentabilidade para o clube. Não adianta o América trabalhar, traz o Barbieri, contrata jogador, sobe e chegar lá com orçamento apertado. Não vou citar todos os nomes. Mas você olha os times, Avaí está com aperto, CSA está com aperto… Eu quero sair dessa faixa e para isso eu tenho que fazer alguma coisa nova. Porque em termos de orçamento, esses clubes estão no mesmo orçamento, esses clubes estão com o mesmo problema que nós estamos. Um vai escapar e outro vai cair. E nós queremos fazer uma coisa mais duradoura no América”, afirmou o dirigente.