O América estreia na Série B do Campeonato Brasileiro nesta sexta-feira, às 19h15, no Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa-PR, contra o Operário. Campeão da competição em 2017, o Coelho mira voltar à Série A em 2020 e conta em seu elenco com dois ‘reis do acesso’. Um é o técnico Givanildo Oliveira, de 70 anos, que tem cinco acessos à elite em sua carreira. O outro pé quente é Júnior Viçosa. O atacante de 29 anos subiu com Sport (2011), Atlético-GO (2016) e Goiás (2018).
Este ano, Júnior Viçosa fez 15 jogos com a camisa do América, sendo 13 no Campeonato Mineiro e dois pela Copa do Brasil. Ele marcou quatro gols e deu duas assistências. “A adaptação foi boa, rápida. Cheguei aqui e as pessoas me trataram super bem, me acolheram. Isso facilita muito por estar chegando em uma cidade nova, um clube novo”.
Mas a grande meta do atacante é ajudar o América a voltar à elite este ano. Ao Superesportes, Viçosa contou até a “fórmula” do sucesso. “Eu já tive alguns acessos na minha carreira. Fui campeão duas vezes da Série B, tive acesso com o Sport. Com o Goiás, fui campeão e ano passado consegui o acesso. Também fui campeão com o Atlético-GO. Graças a Deus, por onde passei, pude ajudar. O segredo é o mando de campo. Jogando em casa, isso conta muito. Se você conseguir pontuar em casa vai ajudar muito a conquistar o acesso”.
Ano passado, no Goiás, Júnior Viçosa fez 7 gols em 29 jogos pela equipe principal esmeraldina – também disputou um jogo com o time de aspirantes e não balançou as redes. Este ano, no Coelho, ele revela meta mais ambiciosa. “No Goiás eu fiquei um período machucado, pois rompi o ligamento colateral do joelho. Esse ano já pude fazer quatro gols. Na nossa equipe, muitos jogadores fazem gols, um tenta ajudar o outro, mas estou no caminho certo. Sempre tento ajudar meus companheiros, quando não faço gol tento a assistência e sempre tento jogar em prol da equipe”, frisou.
Recentemente, Júnior Viçosa ganhou o prêmio de gol mais bonito do Campeonato Mineiro, marcando de voleio na vitória por 2 a 1 contra a Tombense, na 4ª rodada do Estadual. “Eu fiquei muito feliz por ser um prêmio individual. Eu até agradeci ao Matheusinho, que foi quem me deu o passe para fazer o gol. Fiquei contente, porque não é sempre que a gente consegue fazer gols bonitos, ainda mais ganhar um prêmio assim, em um campeonato com grandes jogadores. Agradeci a Deus e meus companheiros que me ajudaram, porque se não fosse eles eu não poderia ter conquistado”.
Concorrência
Embora a concorrência no ataque americano seja grande, Viçosa inicia a Série B como titular diante do Operário-PR. Para o setor, Givanildo Oliveira ainda conta com Ademir, Wesley Pacheco, Pedro, Jonatas Belusso, Marcelo Toscano, Neto Berola e França. “Eu tento procurar fazer o que o professor Givanildo pede. Ele gosta que o atacante se movimente bem, abra espaços para os jogadores de lado entrarem em profundidade. Mas eu sei que tem que fazer gols, se eu não fizer, não vou continuar jogando”.
O atacante destacou o trabalho de preparação para a competição e falou do objetivo do time até a pausa para a Copa América, que será disputada no Brasil a partir de junho. “Tivemos duas semanas para trabalhar. Treinamos forte durante esse período para podermos começar bem a competição. Nosso objetivo é tentar pontuar ao máximo nesses oito jogos antes da parada para depois voltarmos forte. O objetivo do América é conquistar o acesso, já que sempre que disputa a Série B entra brigando por vaga”.
Trajetória
Natural de Viçosa, em Alagoas, Luiz Severo Júnior se destacou pelo ASA de Arapiraca, e foi emprestado ao Grêmio. Comprado pelos gaúchos em 2010, chegou a ter um bom início de temporada em 2011, com nove gols em 21 jogos, mas acabou cedido a Sport, Goiás, Atlético-GO e Chiasso, da Suíça. De volta ao Brasil, passou os últimos quatro anos entre os rivais goianos.
Givanildo, outro rei do acesso
O técnico americano Givanildo Oliveira é outra figura conhecida por levar várias equipes de volta à Série A. Ao todo, são seis acessos. Foram três no comando do América (da Série B para a A em 1997 e em 2015 e da C para a B em 2009). Com o Paysandu, ele conquistou a vaga na Série A em 2001. Em 2005 e 2006, o “Rei do Acesso” colocou Santa Cruz e Sport, respectivamente, na Primeira Divisão.
Veja, abaixo, a lista de acessos do treinador
1997 - da Série B para a Série A (América, campeão)
2001 - da Série B para a Série A (Paysandu, campeão)
2005 - da Série B para a Série A (Santa Cruz, vice-campeão)
2006 - da Série B para a Série A (Sport, vice-campeão)
2009 - da Série C para a Série B (América-MG, campeão)
2015 - da Série B para a Série A (América, 4° colocado)