O técnico Givanildo Oliveira encontrou explicação para a eliminação do América nas semifinais do Campeonato Mineiro. O Coelho voltou a ser batido pelo Cruzeiro, dessa vez por 3 a 0, na noite deste sábado, no Mineirão, e caiu com duas derrotas para o time celeste. O treinador considera que o Coelho pagou pelos erros, principalmente com os gols em excesso - foram nada menos que seis sofridos na série contra a Raposa, que venceu o duelo de ida, no Independência, por 3 a 2.

"O time estava bem, mas levamos dois gols no primeiro tempo. Aí, avançar à final tomando seis gols em dois jogos fica difícil. Nosso erro foi esse, levar muitos gols", avaliou o comandante, que preferiu focar nas falhas cometidas pela equipe nos dois clássicos. "Não podemos reclamar de algo, principalmente nas semifinais. Não jogamos bem. Até que em certos momentos tivemos mais posse de bola, mas não conseguimos fazer gol", acrescentou.

"O goleiro do Cruzeiro foi muito bem. Forçamos, tentamos, mas levamos o terceiro gol em um contra-ataque, depois de uma grande defesa do goleiro deles. São situações de jogo. Erramos mais que o adversário e perdemos por causa disso", observou o comandante, citando o lance em que Rafinha, aos 42min do segundo tempo, decretou a vitória elástica celeste. 

"Não fizemos gol. No jogo passado fizemos dois e marcamos em quase todas as partidas. Temos uma média boa. O problema é que passamos a sofrer mais e isso complica. Foi o que aconteceu contra o Cruzeiro", insistiu o treinador, preocupado com a queda de rendimento do setor defensivo na reta final do Estadual. 

Givanildo comentou ainda sobre o uso do árbitro de vídeo, que resultou na anulação do gol de Felipe Azevedo, aos 9min do primeiro tempo. O meia-atacante completou cruzamento da esquerda, mas, após consulta ao VAR, o árbitro Leandro Pedro Vuaden apontou toque de mão do jogador do Coelho, que recebeu o cartão amarelo. 

Givanildo admitiu a irregularidade e disse que é favorável ao uso da tecnologia no futebol. O treinador, no entanto, alertou para o tempo gasto pela arbitragem para rever o lance. O jogo deste sábado ficou paralisado por quase 5min, enquanto os juízes avaliavam as imagens para decidir sobre a jogada. "Não sou contra o VAR, e sim contra a demora. No jogo passado, houve um lance em que o jogo ficou parado por 4min. Agora foram quase 5min. O que eu acho errado é esperar quatro ou cinco minutos para saber se foi gol ou não", argumentou.