Para Paulo Bracks, diretor de futebol de base do América, a conquista desta licença A é algo muito marcante e fruto de muito trabalho. O diretor acredita que as mudanças de estrutura física do CT Lanna Drumond e a integração das categorias de base em um só espaço foram fundamentais para esse êxito.
“É muito importante o América ter conseguido, pela primeira vez, o Certificado de Clube Formador de Licença A. Um dos nossos objetivos é subir o Clube de patamar e, com a Licença A, ele sobe este patamar. É muito importante para a base e para a formação do atleta. É um selo de qualidade que a base do América tem. Isso se deve a mudança física de Santa Luzia para o Lanna Drumond e da integração da base toda dentro do CT. O América está no mais alto nível dentro do Brasil”, disse Bracks, ao site oficial do América.
Recentemente, o América revelou bons jogadores para o futebol, como o lateral-direito Danilo, atualmente no Manchester City, e o atacante Richarlison, hoje no Everton. Enquanto o primeiro fez parte do grupo do Coelho campeão da Série C de 2009, o segundo contribuiu significativamente no acesso da Série B para a A, em 2015 (nove gols em 24 jogos). O Coelho também foi responsável pela formação de outros atletas renomados, casos de Tostão, Éder Aleixo, Palhinha, Euller, Gilberto Silva e Fred.
Certificado de Clube Formador (CCF)
O Certificado de Clube Formador (CCF) é um documento que os times do Brasil recebem após cumprir alguns requisitos e serve para assegurar os direitos dos clubes sobre a formação de jovens atletas. Para obter a licença A, as equipes precisam cumprir cinco requisitos:
1) Apresentar a relação de técnicos e preparadores físicos responsáveis
2) Comprovar participação em competição oficial
3) Apresentar o programa de treino, seus responsáveis e compatibilidade com a atividade escolar dos jovens jogadores
4) Garantir frequência escolar dos jovens jogadores
5) Garantir a saúde dos jovens jogadores
Benefícios para o clube:
1) Direitos sobre atletas formados no clube, com a oficialização de contratos na base. Assim, garante indenização sobre a saída de atletas entre 14 e 16 anos.
2) Garante até 5% do valor pago pelo novo clube em uma transferência nacional para as agremiações que contribuíram para a formação. Regra semelhante às transações internacionais.