O América somou o 26º ponto no Campeonato Brasileiro ao empatar por 2 a 2 com o Flamengo, neste domingo, no Independência, pela 21ª rodada. De modo geral, a atuação da equipe agradou ao técnico Adilson Batista, que creditou o resultado à força de vontade dos jogadores.
“Acho que o volume de jogo no primeiro tempo, a disposição e a organização nos tornaram melhores no primeiro tempo. No segundo tivemos algumas dificuldades e sofremos o gol em lances de desatenção, numa penetração do Paquetá. É um menino que penetra muito bem, tem uma dinâmica muito boa, é um belíssimo jogador. Num contexto geral foi importante, pois o Flamengo tem um grande time, bem organizado pelo Barbieri, e está buscando a primeira colocação juntamente com o São Paulo e os demais. Tivemos um poder de reação, evidentemente com um jogador a mais. Mas de um modo geral, destaco o desempenho e a dedicação dos atletas”.
Por duas vezes, o Coelho ficou atrás no placar, mas buscou o empate com gols do atacante Rafael Moura e do meia Gerson Magrão. Com o resultado, Adilson Batista passou a contabilizar três vitórias, três empates e apenas uma derrota desde que assumiu o comando da equipe, na 15ª rodada. Em mais uma resposta, o treinador valorizou o empenho do grupo.
“Depois de três anos, uma derrota só, né?! Fiquei três anos sem fazer nada. Brincadeiras à parte, estou contente e feliz. Precisamos evoluir, tenho consciência disso, mas melhoramos muitas coisas devido à dedicação, ao empenho, à entrega e ao profissionalismo deles (jogadores). Pela nossa situação, desde que chegamos, houve uma conscientização também. Tenho que transferir isso para eles”.
Nono colocado no Brasileiro, com 26 pontos, o América segue com os pés no chão e foca principalmente na permanência na primeira divisão. A distância para o Atlético-PR, 17º e com uma partida a menos, é de cinco pontos. No próximo sábado, às 16h, o desafio será contra o Vitória, no Barradão, pela 22ª rodada. O time baiano aparece na 13ª posição, com 22 pontos. Prestes a enfrentar mais um adversário na briga pela continuidade na elite nacional, Adilson explicou que jogar bem diante dos candidatos ao título, como o Flamengo, ajuda a elevar o moral do elenco.
“Eu já sou vacinado, tenho experiência, já vivenciei situações parecidas. Já assumi clubes nessa situação. Foram os casos do Grêmio, em 2003; Paysandu, em 2004; Figueirense, em 2005; Vasco, em 2013. Já vivenciei isso e sei do grau de dificuldade. O segundo turno é diferente, é mais competitivo, tem muitas trocas, chegadas de alguns atletas, clubes se reforçando, os jogos são mais equilibrados e mais tensos, não têm tantas oportunidades para criar. Hoje, por exemplo, enfrentamos um dos líderes, um time que chegou a três finais no ano passado, está brigando nas três competições este ano – Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro. Fizemos um bom jogo, o adversário teve poucas oportunidades. É ter atenção e vivenciar jogo a jogo. Agora é o Vitória, que ganhou (do Atlético, por 1 a 0, no Barradão). Será um jogo difícil lá, conheço o Paulo César Carpegiani, pelo qual tenho um grande carinho. É pensar no Vitória agora”.