Como o Fluminense divide suas atenções entre as duas competições, tem feito mais jogos do que o América no mesmo intervalo de tempo. Entre seu último jogo e a sua próxima partida, o América teve sete dias para descansar e trabalhar. Neste mesmo período, o Fluminense terá feito dois jogos.
A última partida do Coelho foi a derrota para o Bahia, por 1 a 0, em Salvador, no dia 11. Já o Fluminense, que jogou no dia 13, no Maracanã, quando perdeu para o Internacional por 3 a 0, tem um jogo decisivo nesta quinta (16), contra o Defensor Sporting, no Uruguai, valendo vaga nas oitavas de final da Sul-Americana.
Para o meia Gerson Magrão, o Coelho pode se valer dessa rotina mais cansativa de seu adversário para buscar a vitória em casa.
“Acredito que dá para tirar algum proveito. Nós temos só o Brasileiro como foco e tivemos a semana toda para trabalhar. O adversário jogou na segunda, viajou para jogar na quinta e viajará para nos enfrentar. Realmente, é bem desgastante. Me recordo do nosso jogo contra o Paraná, em que ficamos muito tempo no avião, passamos a noite toda sem decolar. Querendo ou não, são situações que cansam, pois não é possível dormir adequadamente. Naquela vez, chegamos a Curitiba somente na manhã seguinte. Enfim, penso que precisamos aproveitar bem quando temos um tempo de preparação a nosso favor”, disse o jogador.
Já o técnico Adilson Batista prega cautela para encarar o Tricolor das Laranjeiras, mesmo sabendo da sequência pesada de jogos e viagens do clube carioca.
“O Bahia vinha de cinco jogos, então a intenção era bloquear, neutralizar e ir criando um desespero no adversário. Às vezes, se pode induzir o adversário a abrir mais espaços para os contragolpes. Então, essas foram algumas das ideias para o jogo contra o Bahia. Mas nós perdemos. Então, o Fluminense vivencia uma sequência de jogos semelhante à deles. O Fluminense tem um bom elenco, tem um grande treinador, que é o Marcelo, de quem gosto muito. Acima de tudo, nós precisamos ter muita atenção”, afirmou o comandante americano.
O meia Ruy não participou dos treinamentos da última quarta-feira, por causa de dores na região do nervo ciático, e retornou aos trabalhos normalmente nesta quinta.
Pela manhã, os jogadores do Coelho fizeram atividades físicas na academia e no campo sob o comando dos preparadores Gerson Rocha e Marques Fernando.
Os goleiros trabalharam defesas em lances de finalização de curta distância com o treinador Silvio Jardim.
Em campo, Adilson Batista comandou um trabalho tático em campo reduzido, dando atenção especial à construção de jogadas, trabalhadas especificamente para as características do adversário deste domingo.