O presidente Marcus Salum revelou que recebeu muitas críticas da torcida nas últimas semanas, período em que o time caiu de produção, perdeu os jogos para Cruzeiro e Paraná Clube, e entrou na zona de rebaixamento pela primeira vez no Brasileiro. O América agora é o 17º colocado, com 14 pontos.
Mas, segundo Salum, a mudança partiu de uma observação pessoal de que o projeto iniciado em 2017 no departamento de futebol estava sendo desestruturado. A equipe perdeu jogadores negociados e lesionados. Sem Drubscky na função de diretor, a remontagem seria complicada. Logo, na visão dele, era preciso colocar as peças certas nos lugares certos.
”Percebemos que estávamos com dificuldade de retomar o projeto com o Ricardo, que foi o grande organizador desse projeto junto com a diretoria, sendo que ele estava no campo treinando o time. Desestruturamos, foi uma decisão que nós tomamos e corríamos o risco, não escondo isso, e entendíamos que estávamos com essa dificuldade. Qualquer treinador que trabalhasse esses 20 dias com a desmontagem da equipe, teria a dificuldade que o Ricardo teve. Com a coragem que sempre nós tivemos, todo mundo conhece, e com alguns sinais que o Ricardo vem sentindo, da pressão que ele estava tomando, chamei o Ricardo, conversei, e falei que precisava dele de novo como diretor, e era preciso trazer um novo treinador”, disse Salum.
”Precisamos remontar o time, porque tivemos muitas perdas. Temos um projeto organizado, que começou ano passado, nós fomos campeões brasileiros da Série B. O campeonato desse ano é difícil mesmo. O América está trabalhando muito, e sem ninguém esperar tomamos uma atitude. Fizemos uma mudança. Por quê? Porque tem trabalho, tem observação. Nós percebemos que precisávamos fazer isso. Eu quero agradecer ao Ricardo ter aceitado isso, não aceitaria se não fosse no América. No nosso entendimento, hoje, ele era muito mais importante como diretor e precisávamos de um novo treinador. E esse nome foi escolhido, foi de imediato, um treinador da confiança dele, da nossa confiança, com experiência, para retomar o projeto”, emendou Salum, sobre a chegada de Adilson Batista.
O presidente minimizou o fato de Ricardo Drubscky ter treinado o time durante a parada da Copa do Mundo e ter sido substituído logo depois de dois jogos. Segundo ele, o clube não jogará essa preparação no lixo. “Então por que perdeu tempo do Ricardo treinando aqui? Que tempo que nós perdemos? Treinou 20, 15 dias, trabalho de alta qualidade. Foi perdido foi jogador. Não perdemos tempo nenhum não. Não cheguei ontem no futebol, eu sei o que estou fazendo. Eu sei a dificuldade de dirigir o América numa Série A . Ricardo dá um passo atrás, vai contribuir como diretor, vai acabar de montar o time, que já está sendo reestruturado, as contratações estão vindo. E agora trouxemos um outro comandante da nossa confiança. Não perdemos tempo, perdemos foi dois jogos”.
Por fim, Salum pediu que o torcedor pare de sofrer por antecedência com um rebaixamento que não ocorreu. A convicção do presidente é de que o América reagirá na tabela. “O América jogou 13 rodadas fora da zona de rebaixamento. Na rodada que ele entrou, todo mundo aqui em Minas, pra torcida, pra todo mundo, o América está rebaixado. Isso é uma mentira. Estamos reestabelecendo as perdas. Outros times que perderam jogadores sentiram a mesma coisa. Nós não temos medo de trabalho. Temos um projeto que é a manutenção do América na Série A, e ele não é fácil. O Brasileiro é dividido em duas partes. Os que não vão cair e os que vão disputar. É quem tem mais dinheiro, é quem não tem mais dinheiro. Aqui não, nós estruturamos esse trabalho para esse ano ser diferente. Tivemos um problema no meio do caminho e estamos resolvendo”, garantiu.
O próximo compromisso do América é na quinta-feira, às 20h, no Independência, contra o Internacional, pela 15ª rodada do Brasileiro.
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