”Dá um gostinho a mais, como também dá uma dorzinha a mais na barriga. Tudo a mais. Eu estava me preparando para voltar ao trabalho de técnico a partir de janeiro do ano que vem. Mas a oportunidade surgiu, o América fez o convite, pensamos na continuidade do projeto. Mas estou tranquilo e, principalmente, feliz. Adoro treinamento, gosto muito do que eu faço. Me sinto bem em duas ou três atribuições como profissional no futebol. Agora, quero abraçar esse retorno e espero que com bastante sucesso”, disse.
Em busca da primeira vitória fora de casa – até aqui venceu apenas no Horto –, o treinador lembra que a equipe vem de três resultados negativos e que uma vitória nesse jogo seria importante para uma nova arrancada na competição. ”Acredito que não facilita em nada. Tenho dito que o conhecimento é mútuo, tanto uma equipe quanto outra se conhecem bastante. Mas o que espero é que seja um jogo em que o América jogue bem, com firmeza, aplique o que vem treinando, porque os treinos têm sido muito bons. Enfrentaremos um adversário muito difícil. Penso que será complicado para os dois lados”.
Drubscky tem apenas duas dúvidas para definir a equipe, uma na lateral esquerda, entre Carlinhos e Giovanni, e outra no ataque, sobre quem será o companheiro de Rafael Moura, o “He Man”: Ademir ou Marquinhos. “Temos uma convicção bem forte daquilo que a gente quer colocar em campo. Escolhemos a opção de segurar um pouco a definição e a mostra do time que irá a campo, mas digo que certamente será uma equipe forte e que terá argumentos tanto para defender quanto para atacar”.
O treinador espera um jogo de muita dificuldade. “Os dois times se conhecem. Mas cada partida tem uma história e espera que nessa, nós possamos contá-la.”
Para um jogador, pouco utilizado no primeiro semestre, o jogo contra o Cruzeiro será como uma reestreia. Pela primeira vez, Wesley estará começando uma partida. A titularidade veio na ‘era Drubscky’.
”A equipe vinha tendo uma aplicação tática e seguindo um padrão. Isso nos ajudou bastante. Infelizmente, devido a alguns detalhes, os últimos resultados antes da Copa não foram satisfatórios. Mas isso já é passado. Agora tivemos um bom tempo para trabalhar. O mais importante será colocar a nossa dinâmica, vontade e humildade para aplicar a tática que o professor Ricardo trabalhou conosco. Se conseguirmos fazer isso, podem ter certeza de que conseguiremos coisas boas pela frente. Estou certo de que o América está bastante motivado para conquistar os objetivos nesse pós-Copa”, disse.
Especialista em cobranças de faltas, o jogador quer ser decisivo no clássico. “As bolas paradas estão sendo fundamentais. Não só as batidas diretamente ao gol, mas, também, as bolas laterais. Vimos essas jogadas de bola parada darem certo com bastante frequência nessa Copa do Mundo. Enfim, trabalhamos isso e outros aspectos. A gente sempre treina bastante, porque, quando chega a oportunidade na hora do jogo, ela é uma só. Se acontecer mais chances no jogo, é importante estarmos preparados ofensivamente, como também defensivamente. A gente vem trabalhando forte, não só eu, outros jogadores igualmente, para quem sabe definir a partida em um lance assim”.