Assim como no encontro válido pela fase de classificação, Atlético e América fizeram mais um clássico cheio de polêmicas envolvendo a arbitragem nesta quinta-feira, no Independência, na primeira partida da semifinal do Campeonato Mineiro. O Coelho teve dois gols anulados por impedimento. O primeiro deles, convertido por Aylon, é o que tem gerado muita reclamação dos alviverdes pela marcação do assistente Ricardo Junio de Souza. No segundo lance, a TV confirmou o acerto do auxiliar Felipe Alan Costa de Oliveira.
No primeiro clássico do ano, em 18 de fevereiro, o auxiliar Guilherme Dias Camilo validou um gol do Atlético, aos 45 minutos da etapa inicial, e anulou um do América, aos seis minutos do segundo tempo. Os lances foram praticamente iguais, em que a bola pode ter entrado por milímetros ou ainda ter alguma parte sobre a linha. Ainda assim, o árbitro Igor Junio Benevenuto acompanhou o bandeira em ambos os lances. O Galo acabou vencendo a partida por 3 a 0.
Para a semifinal, a diretoria americana solicitou a escala de um árbitro de outro estado. No sorteio, a FMF incluiu um nome de fora de Minas, porém a bolinha acabou 'premiando' a arbitragem mineira. Novamente, Igor Junio Benevenuto foi o escolhido para conduzir o clássico.
Nesta quinta-feira, novas polêmicas. Aos 41 minutos do primeiro tempo, Aylon marcou após cruzamento de Luan. No lance, o assistente Ricardo Junio de Souza entendeu que o lateral-direito Norberto, do América, tocou de cabeça na bola antes da conclusão final de Aylon, o que deixaria o atacante em condição de impedimento. No entanto, imagens de TV confirmaram que não houve o desvio.
“Não senti a bola tocando em mim. A jogada seguiu, não sei se o Aylon estava impedido ou não, mas a bola não tocou em mim”, afirmou Norberto ao Premiere, na saída para o intervalo.
Logo aos quatro minutos da segunda etapa, mais um gol alviverde anulado. Após escanteio, Rafael Lima cabeceou para o gol, a bola ia entrando, mas Rafael Moura, impedido, tocou para as redes. De novo, muita reclamação do elenco americano, dessa vez com o auxiliar Felipe Alan Costa de Oliveira. As imagens da TV mostraram que o centroavante do Coelho realmente complementou o lance, o que caracterizou o gol ilegal.
Nas arquibancadas, a torcida americana fez sinais de "roubo" com as mãos. No Twitter, o presidente do América, Marcus Salum, ironizou a Federação Mineira por incluir Igor Junio Benevenuto no clássico, depois de tanta polêmica na fase de classificação. "Bela escolha, @FMF_Oficial, por escalar o mesmo árbitro. Ao menos, ele manteve a regularidade do primeiro jogo, parabéns!".
Bela escolha, @FMF_Oficial, por escalar o mesmo árbitro. Ao menos, ele manteve a regularidade do primeiro jogo, parabéns!
%u2014 Marcus Salum (@marcus_salum) 23 de março de 2018
Vale a pena disputar um campeonato assim?
O técnico Enderson Moreira adotou a linha irônica em sua entrevista coletiva. "Sinceramente, acho que a arbitragem fez uma grande arbitragem, entendeu. Tem que tirar o chapéu para eles, porque eles conseguem ter a certeza de algumas coisas que são extremamente difíceis. A certeza que eles têm dos toques na bola que está entrando, eu tenho que tirar o chapéu. Realmente é destaque. Acho que é conveniente, até inteligente da Federação, que possam manter esse árbitro para o próximo jogo. É inteligente da parte deles, porque eu acho que é o caminho", declarou.
Com a derrota por 1 a 0, o América precisa de uma vitória por qualquer placar no domingo, às 16h, no segundo duelo da semifinal, para ir à decisão do Campeonato Mineiro. Já o rival joga pelo empate.