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Enderson vê resultado injusto no clássico e cita 'bola com chip' como solução para erros de arbitragem em América x Atlético

Treinador falou sobre postura do time e equívocos de assistente de arbitragem

postado em 18/02/2018 21:03 / atualizado em 18/02/2018 22:53

Alexandre Guzanshe/EM D.A Press
O técnico Enderson Moreira dividiu a análise da derrota do América para o Atlético por 3 a 0, neste domingo, no Independência, em duas frentes: o rendimento de sua equipe em campo e os erros de arbitragem em lances polêmicos.

A respeito da atuação do time, Enderson considerou o placar injusto, pois, segundo ele, o América controlou as ações em grande parte dos 90 minutos e foi sofrer o segundo e o terceiro gol apenas em lances de contra-ataque. Na opinião do comandante alviverde, o Atlético se propôs a ficar na marcação e dificultou os avanços por parte do Coelho.

“Não sei se isso que eu vi é o que vocês viram também. O que eu vi do Atlético foi com um comportamento defensivo que não tinha visto nos últimos jogos. Eles vieram com uma situação de impedir espaços. E nós estávamos tentando entrar naquela defesa, até criamos algumas situações, mas sem finalizar as jogadas”, disse Enderson, em entrevista coletiva depois da partida. “Eu não consigo falar se foi ou não justo. O futebol é injusto por natureza. Às vezes quando você merece, não ganha. E também ganha quando não merece. Acho que o placar não condiz com o que foi o jogo e penso que tivemos lances importantes que poderia ter modificado o andamento do jogo”, acrescentou.

As estatísticas do jogo levantadas pelo Footstats mostraram equilíbrio na posse de bola. O Coelho teve 49%, contra 51% do Atlético. Em relação ao número de finalizações, foram seis do time da casa (duas no alvo) e 12 dos visitantes (cinco em direção à meta). Já nos passes, o América teve ligeira vantagem sobre o Galo no número de acertos: 303 a 298.

Dois lances, porém, interferiram no panorama da partida e causaram grande revolta por parte de jogadores, dirigentes e torcedores do América. Conforme mostrado pelas imagens do canal Premiere, o assistente de arbitragem Guilherme Dias Camilo validou de maneira equivocada o gol do atleticano Róger Guedes, em finalização de cabeça nos acréscimos do primeiro tempo, e deixou de assinalar a conclusão do americano Marquinhos, quando o zagueiro alvinegro Gabriel cortou a bola já dentro da meta aos 4min da etapa final.

Segundo Enderson Moreira, tanto o árbitro de vídeo (VAR) - reprovado pelos clubes da Série A em função do custo operacional de R$ 50 mil por partida - quanto a tecnologia da bola com chip poderiam sanar quaisquer dúvidas nos lances envolvendo Róger Guedes e Marquinhos.

“É uma questão para mim muito clara. O árbitro de vídeo tem que interferir nesse tipo de situação. E nesse tipo, em alguns lugares, tem o chip nas bolas. Uma coisa fácil de fazer e poder ter certeza. O relógio do juiz dá o sinal. Às vezes a gente gosta que as coisas fiquem assim, com polêmica, as pessoas falando o tempo inteiro sobre isso”.

O comandante do Coelho reconheceu as dificuldades que os árbitros enfrentam em determinadas ocasiões, porém questionou a suposta convicção adotada pelo assistente Guilherme Dias Camilo para tomar decisões diferentes em jogadas semelhantes.

“Não coloco tudo que aconteceu na conta da arbitragem. Erramos em algumas situações, poderíamos ter jogado melhor. Mas não podemos fechar os olhos para as coisas que acontecem. Às vezes nem o árbitro de vídeo, mas a bola inteligente. Não vou falar que é fácil para a arbitragem, o lance é realmente difícil. Mas eles tiveram dois lances iguais: o que não entrou, ele marcou, o que entrou, ele não marcou. E é o mesmo auxiliar. É isso que me chama a atenção. Ele bateu no peito e disse: ‘eu tenho certeza que é’. Mas a prepotência às vezes fazem as pessoas se equivocar”, concluiu.

Ainda na vice-liderança do Campeonato Mineiro, com 13 pontos, o América enfrentará o Tombense na próxima sexta-feira, às 20h30, no Estádio Almeidão, em Tombos. O jogo valerá pela oitava rodada do Estadual.


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