O treinador alviverde foi enfático nas argumentações contra a entidade que comanda o futebol brasileiro e se descreveu constrangido de ter levado a equipe para jogar em Murici, distante cerca de 45 quilômetros da capital Maceió. Para Enderson, nem é possível analisar o que as equipes apresentaram em campo e as qualidades do adversário, já que o gramado não possibilitou um a apresentação de um bom futebol.
“A gente lamenta muito. Estamos saindo da competição sem sofrer um gol sequer. A CBF, às vezes, tem algumas condutas que a gente não entende. Deixar uma competição que a gente tem como objetivo passar de fase, em um jogo único, em um campo sem condição nenhuma de trabalho. E a gente joga a nossa vida em cima disso. É muito difícil. Eu, sinceramente, me senti constrangido de trazer uma equipe profissional aqui. O América investe muito dinheiro, está tentando de todas as formas se segurar nesse futebol brasileiro que está cada vez mais desigual. Colocar tudo isso em apenas 90 minutos e em um gramado que não traz condições nem para a nossa equipe – e eu não posso nem avaliar se a equipe do Murici tem qualidade ou não, porque a gente não consegue ver, não consegue ter jogo. Um gramado de péssima qualidade, alto, cheio de buracos. Você não sabe para onde a bola vai – se vai para lá ou para cá. Mas, faz parte. Isso faz parte”, desabafou o técnico americano, em entrevista à Rádio Itatiaia.
Eliminado na Copa do Brasil, o América volta suas atenções à defesa do título do Campeonato Mineiro. Com a derrota no clássico para o Atlético no último compromisso pelo Estadual, o time está fora da zona de classificação para as semifinais. O Alviverde está na sétima colocação na tabela, com cinco pontos – uma vitória, dois empates e uma derrota.