De quase desclassificado na primeira fase a campeão com méritos, sobretudo por saber se comportar diante dos gigantes do estadoAssim o time de Givanildo Oliveira venceu cada obstáculo com humildade e entregaEm quatro clássicos com o Galo em 2016, foram três empates e uma vitória – a equipe não perde do rival há dois anosDiante do Cruzeiro, conseguiu empatar no Mineirão na fase de classificação e passou de forma eficiente nas semifinais, também com triunfo no primeiro jogo e igualdade no segundo.
O sucesso do Coelho não é por acasoMesmo com problemas financeiros, o clube se agigantou na última Série B do Brasileiro e obteve o acesso à elite, em trabalho com os pés no chão, mirando sempre cada passo por vezNo próximo fim de semana, crescem as expectativas pelo êxito no retorno à Primeira Divisão nacional, domingo, às16h, contra o Fluminense, no IndependênciaA meta, por enquanto, é modesta: manter-se na competição para 2017, procurando solucionar pontualmente as carências no grupo.
“Eu me sinto privilegiado por ajudar o América a ser campeão mineiro depois de 15 anosEstou muito feliz aquiO time é humilde, procura fazer seu melhor, e estou bastante satisfeitoHá um mês e meio, estava em casa, quase fechando com outro clube, mas com saudade de Belo Horizonte
Para o goleiro atleticano Victor, o adversário foi campeão merecidamenteEle garante que a equipe alvinegra não vai se abater“O América fez uma boa campanha, teve seus méritos e cresceu na reta finalFicamos muito tristes porque não levamos o título, mas satisfeitos com a entrega e a vontade da equipeNão temos nada a lamentarO ano segue, temos nossos objetivos, como a Libertadores.” Na quarta-feira, o Galo já enfrenta o São Paulo, no Morumbi, no primeiro jogo das quartas de final.
MUDANÇAS PROVIDENCIAIS Muitos são os candidatos a herói alviverdePara começar, o experiente técnico Givanildo Oliveira, que soube trabalhar o lado emocional do grupo antes de cada desafioDepois, o Coelho teve o goleiro João Ricardo como o jogador mais regular em toda a competição, chamando a atenção de todo o paísNa finalíssima de ontem, ele mais uma vez impressionou os torcedores com atuação segura e defesas de muita elasticidade
A partida decisiva foi tensa e eletrizante do início ao fimO América tentou se segurar ao máximo na defesaO técnico atleticano, Diego Aguirre, inovou na escalação com Marcos Rocha no meio-campo, com o intuito de segurar os avanços de Danilo e BryanOutra mudança foi a troca do capitão Leonardo Silva por TiagoApoiado pela maioria da torcida, o Galo atacou na maior parte do tempoA expulsão de Tiago no primeiro tempo, depois de duas faltas infantis, complicou muito a estratégia do treinador uruguaio.
O América quase se complicou ao se segurar demais na defesaO zagueiro Alison também levou o cartão vermelho, e a conquista parecia ficar mais distanteO gol de Clayton para o Galo levou Givanildo Oliveira a ousar, com Tiago Luís e BorgesMais criativo, o Coelho explodiu de alegria quando o chute de Danilo estufou as redes de VictorFaltava só o apito final para o Coelho renascer na galeria dos campeõesEra o início de uma comemoração que iria colorir de verde a madrugada belo-horizontina.
Atlético 1 x 1 América
Atlético
Victor; Carlos César (Edcarlos 19 do 2º), Tiago, Erazo e Douglas Santos; Rafael Carioca, Júnior Urso e Marcos Rocha; Hyuri (Robinho, intervalo), Carlos (Clayton 40 do 1º) e Lucas Pratto
Técnico: Diego Aguirre
América
João Ricardo; Artur (Jonas 10 do 2º), Suéliton, Alison e Bryan; Leandro Guerreiro, Claudinei (Borges 32 do 2º), Osman, Rafael Bastos (Tiago Luís 23 do 2º) e Danilo; Victor Rangel
Técnico: Givanildo Oliveira
Estádio: Mineirão
Gols: Clayton 12 e Danilo 38 do 2º
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO)
Assistentes: Alessandro Rocha de Matos (BA) e Carlos Berkenbrock (SC)
Cartão amarelo: Osman e Suéliton
Cartão vermelho: Tiago e Alison
Pagantes: 47.928
Renda: R$ 1.228,935