“Não há como comemorar. É o clube do meu coração, é o clube que eu torço. É o clube que marcou a minha vida. Minha filha nasceu aqui. Voltar aqui depois de oito anos, quando aconteceu aquele acidente (desabamento de estrutura da "velha" Fonte Nova em Bahia x Vila Nova-GO, pela Série C de 2007, que vitimou sete pessoas e deixou cerca de 300 feridas)... alguns xingam, é normal. Com a emoção, não com a razão. Acho que tive uma passagem histórica aqui. Agradeço àqueles que me respeitam, que gritaram meu nome. Pode ter certeza que o Alison é torcedor do Bahia”, disse o camisa 4, aos prantos.
Alison defendeu o Bahia por quase quatro anos seguidos, conquistando dois acessos: da Série C para a Série B (2007); e da Série B para a Série A (2010). Nesse intervalo, foram mais de 100 partidas oficiais e 16 gols marcados.
Chorando muito, Alison lembrou a falha cometida no empate por 1 a 1 com o Vitória, na 16ª rodada, no Barradão. Na ocasião, ele errou ao tentar cortar uma bola no campo de defesa e permitiu que Rogério, atacante rubro-negro, marcasse o gol de empate aos 41min do segundo tempo. “Fui bombardeado ali”, afirmou o atleta, dando a entender que o gol na Fonte Nova é uma espécie de superação no América. “Só posso dizer que Deus é muito justo, é muito fiel. Ele nunca desampara um filho. Saio daqui mais uma vez emocionado. O mais importante é que saímos com um ponto fundamental na disputa pelo acesso”, completou.
Antes do gol de Alison, o América fazia uma partida bastante irregular e enfrentava dificuldades para manter a posse de bola no campo de ataque. O resultado, portanto, tem sabor de vitória, já que o Coelho segue no G-4 da competição, agora com 35 pontos. O Bahia, por sua vez, chega a 34 pontos, mas é ultrapassado pelo Sampaio Corrêa, que bateu o Vitória por 1 a 0 em São Luís (MA).