
O superintendente geral do América, Alexandre Faria, prestou esclarecimentos a respeito do andamento da negociação entre América e El Jaish, do Catar, pelo meia Rodriguinho. O impasse e a demora no visto do passaporte do atleta são os principais motivos do incômodo gerado na diretoria do clube, que esperava concretizar a transferência no dia 6 de setembro.
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O prazo de transferências internacionais para o Catar termina na próxima segunda-feira, dia 30 de setembro. O valor da negociação de Rodriguinho é de 4,5 milhões de euros (cerca de R$ 13,8 milhões), mas o América pode nem sequer ter esse valor nos cofres. Para evitar qualquer tipo de prejuízo, o clube contratou um escritório de advocacia especializado no caso.
Cientes da possibilidade de o negócio não vingar, grandes clubes da Série A do Brasileiro já consultam o América por Rodriguinho. Antes do contato do El Jaish, o Flamengo tentou uma investida, porém não quis desembolsar o valor exigido pela cúpula alviverde. Santos, Internacional e Grêmio também manifestaram interesse. Outro clube que está de olho no ex-camisa 10 do Coelho é o Atlético.
Em contato com a reportagem do Superesportes nesta quinta-feira, Alexandre Faria revelou incômodo com a demora da decisão do El Jaish, porém se mostrou tranquilo em relação à situação do América com Rodriguinho. O superintendente ainda comentou sobre futuro do jogador, interesses dos grandes da elite nacional e semelhança com caso de Diego Tardelli, atacante do Atlético, que encontrou dificuldades para obter a liberação do Al Gharafa, também do Catar, no início do ano.
Qual é a posição do América acerca da situação?
“Incomoda muito essa demora de visto. Era para tudo ser resolvido há quase 20 dias e até agora aguardamos a resposta. Por isso o América contratou o escritório de advocacia para se precaver de qualquer situação. Eles podem entender mais os motivos desse atraso. Assim, acredito que se até o dia 30 (segunda-feira) o visto no passaporte do jogador não for enviado, o El Jaish perderá o direito de contratar o Rodriguinho”.
É normal a demora em concretizar a transferência?
“Aqui no Brasil isso não é comum. Mas lá eles acham isso normal. O Silas (técnico) trabalhou no Al Gharafa e sabe muito bem como é a situação. Ao mesmo tempo em que a negociação pode ser resolvida no momento, ela pode demorar mais de 15 dias. O Magrão, que está conosco hoje, é um exemplo de jogador que passou por isso (negociação com o Al Wahda). Tudo depende dos dirigentes de lá que estão envolvidos”.
Como está a situação de Rodriguinho diante das pendências?
“O Rodriguinho tem uma cabeça muito boa. Na última segunda-feira fizemos uma reunião a respeito da pendência. Ele se sente seguro com a forma na qual a gente trata do assunto. Não tem responsabilidade pelo negócio, mas é uma espécie de objeto dela. Então o que temos de fazer é deixá-lo tranquilo e preservado”.
Existe um planejamento para a possível volta de Rodriguinho?
“Estudamos todas as condições para não tê-lo até o fim do ano. Mas como o Rodriguinho é um grande jogador, um planejamento para contar com a volta a gente desenvolve em menos de um minuto. Ele está treinando todos os dias lá no CT, cuidando da parte física, e eu acredito que não demoraria muito a pegar o ritmo”.
Com o impasse do Catar, os clubes do Brasil procuraram o América para negociar?
“Todos os grandes clubes do futebol brasileiro querem o Rodriguinho. Assim que surgiu essa possibilidade de a transferência para o El Jaish não acontecer, nós recebemos diversas ligações. Posso garantir que as 12 grandes equipes da Série A desejam contar com o jogador no elenco. Mas nós temos de ver o que será melhor para o América, pois ele tem contrato e compromisso com o clube. Além disso, eu não posso falar sobre propostas de outros clubes sendo que já temos uma. O América preza pelas leis e pelo regulamento, portanto a preferência continua sendo para o clube do Catar”.
Acredita que a situação de Rodriguinho é parecida com a que viveu o Atlético para repatriar o atacante Diego Tardelli, ex-Al Gharafa?
“Não posso falar se a situação é parecida porque só acompanhei o processo da negociação entre Atlético e Al Gharafa pelo Tardelli por meio da imprensa. Contudo, o desgaste pode ser o mesmo. É uma situação muito chata esperar por todo esse tempo”.