Nesta terça-feira, Brasil e Austrália voltam a se enfrentar no último amistoso desta Data Fifa de outubro. Depois da derrota no primeiro compromisso por 3 a 1, no último sábado, a técnica Pia Sundhage projeta uma postura diferente da Seleção feminina diante das donas da casa. Durante entrevista coletiva nesta segunda-feira, a sueca apontou pontos a serem ajustados para que o time saia com a vitória no segundo embate.
"Precisamos ajustar a defesa principalmente nos corredores e ajudarmos umas as outras a defenderem de uma maneira melhor. A palavra que eu diria é compactação e também a tomada de decisão. É um pouco complicado, mas eu acredito que no próximo jogo seguindo esses passos jogaremos melhor. Quando se trata do ataque, tivemos muitos espaços no meio de campo, principalmente, entre a defesa e o meio, mas também atrás da nossa linha defensiva. Precisamos ajustar isso sem sermos previsíveis, essa é a chave. Estou muito ansiosa para ver como iremos construir essa ideia de jogo na próxima partida", destacou.
De olho na Copa América de 2022, Pia Sundhage tem como objetivo promover a renovação da Seleção. Para isso, a treinadora não hesita em dar oportunidades para as atletas que estão chegando à equipe principal. Diante da Austrália, por exemplo, seis jogadoras que começaram a partida tinham entre cinco ou menos jogos com a camisa do Brasil. São elas: Antonia, Bruninha, Ana Vitória, Ary Borges, Kerolin e Giovana. No intervalo, o número se tornou mais expressivo com as entradas de Tainara e Katrine.
A sueca prega tempo para que as jogadora ganhem tempo para entenderem a filosofia da comissão técnica. "No primeiro jogo demos às jovens jogadoras uma chance e no segundo jogo será um pouco diferente, devido às nossas condições de viagem que contou com o fuso horário e um voo muito longo. Então, eu diria que o próximo jogo contra a Austrália será um passo a mais para a Copa América. Temos um longo caminho a percorrer", ressaltou Pia Sundhage, que aproveitou para elogiar a personalidade das jovens jogadoras.
"As jogadoras jovens que atuaram têm uma personalidade no ataque muito interessante, mas elas precisam de mais tempo e eu preciso ter paciência com elas para que tomem a melhor decisão", enfatizou.
Para o segundo jogo - às 6h05 (de Brasília), no Commbank Stadium, em Sydney -, a treinadora prevê mudanças na equipe, sem antecipar as modificações que fará para o último duelo contra a Austrália, a treinadora deixou no mínimo pistas do que vem por aí, principalmente quando se trata da postura ofensiva da equipe
"Haverá mudanças, para começar não teremos a mesma escalação na segunda partida. Aprendemos algumas coisas em relação ao ataque, se atacarmos pelo centro de campo o tempo todo isso será mais difícil para nós. Então, precisamos fazer um pouco de ambos para utilizar o espaço e o ponto chave é mudar a direção do ataque, mas também, saber quando devemos desafiar mais a linha defensiva para criar algumas chances", finalizou.