O apresentador Eduardo Schechtel, mais conhecido como Dudu, relembrou, nesta quarta-feira (5), a criação da expressão 'Galo Doido', tão popular em meio à torcida do Atlético. Ao longo dos anos, o termo ganhou tanta proporção que passou a ser uma referência também em âmbito nacional quando o assunto é o clube mineiro. Assista ao vídeo abaixo.
O radialista explicou que havia utilizado o termo pela primeira vez em 1987, no Mineirão, em Belo Horizonte, num duelo entre Atlético e Flamengo. Ao comemorar um dos gols do Galo na partida, Dudu gritou 'Galo Doido'.
"E o Galo Doido... Atlético e Flamengo, em 1987. Dragões da FAO, Charanga, no meio, certinho. E aí eu me lembro que, se não me engano, foi o Chiquinho de pênalti; depois, o Sérgio Araújo pega a bola na direita, corta um, corta dois e bate de esquerda no cantinho. Aí, 'bicho', falar com você, cara. Vou te falar que as estruturas aqui são extraordinárias mesmo, fortes mesmo, porque esse dia a torcida do Galo... não tinha nem como andar aqui", relembrou.
Anos depois, Dudu usou a expressão durante uma edição do Alterosa Esporte, quando representava o Atlético na 'Bancada Democrática' - de 2001 a 2008. Da televisão, o grito saiu para as arquibancadas do Mineirão - causando a emoção de Dudu e marcando seu nome como um dos torcedores mais ilustres da história do clube.
"Aí, comecei a gritar: 'Bicho, isso é doido demais! O Galo empatou, o Galo é doido! O Galo é muito doido, muito doido!'. E eu tinha ganhado do Breno Galante um Galo de presente de aniversário. A gente é amigo há muitos anos. E o Galo ganhou e eu: 'Galo doidoooo!'. Alterosa ao vivo. Toledo, Neuber, Leopoldo: 'Da arquibancada, vai ficar gritando aí'. E eu: 'Agora já foi, bicho!'", conta.
"A Galoucura começou a cantar um negócio lá assim. O Galo meteu 1 a 0, aí eu estou assim: 'Por que a Galoucura está cantando Euler, filho do vento?'. Estádio lotado, né? Aí eu sei que o Galo meteu o segundo gol lá e: 'Doi-doi-doi-doi-dô! É Galo doido!'. Aí eu comecei a chorar, né. Para variar, comecei a chorar de emoção. O Alexandre me abraçou e falou: 'É seu, meu irmão. É seu'. Aí eu te falo: tem preço? Todo mundo fala assim: 'Por que você não registrou, cara?'; porque não me pertence, cara! Pertence à massa, pertence ao Galo", explicou.